Bola de Couro
É amigos, não tem jeito. O nosso time, quando vence é sem convencer, quando parece que finalmente vai jogar um pouco melhor, empata ou perde em situações inaceitáveis como foram os jogos de hoje e contra o Juventude.
Ontem, uma apresentação pífia no primeiro tempo do jogo, não surpreendendo ninguém que acompanha o Coritiba deste ano. Nos primeiros momentos da segunda etapa parecia que finalmente o time se encontraria, dois gols, se bem que concorrendo falhas dos adversários, e alguma boa disposição dos nossos se dizentes jogadores, até que interveio o técnico.
Pois se o Simião, que não é nenhuma Brastemp, se destacava no jogo, o técnico tratou de substituí-lo pelo ineficiente Vinícius Kiss, que parece correr em campo como se estivesse com pregos na sola dos pés. Perdemos marcação e criação. E para não ser pouca a sua interferência no resultado, o técnico tirou o Alisson Farias, que também sem ser nada demais pelo menos incomodava a defesa adversária e mantinha a bola no ataque, para colocar o aposentado Alecsandro. E este não teve nenhuma participação efetiva no jogo, não soube nem mesmo segurar a bola no campo e finalizou a sua passagem pelo gramado com a perda da bola que resultou no lance do pênalti em favor do adversário, assim ficando como protagonista no jogo.
Do elenco muito pouco é possível tirar, mas ainda assim era esperado que o rodado treinador soubesse dar algum padrão de jogo para o time e escalar e substituir bem. Nem uma coisa e nem outra. Mantém uma zaga que já tomou doze gols em doze jogos e que está sempre a bater cabeça como ocorreu no último gol do adversário. Prestigia o jovem Pablo Thomaz, mantendo-o em campo durante toda a partida ainda que quase nada apresente, justificando a sua escalação por ser atleta que “treina muito bem”. Mas em treino não se ganha jogos e se quando é para valer o jogador não corresponde, se intimida e nada apresenta, há que parar com a obstinação e procurar outra solução.
A coisa está muito difícil. A pergunta do título da coluna permite inúmeras respostas. Que falta elenco há muito sabemos, e dentro dele podemos apontar o dedo para muitos. Que falta técnico começamos a saber nos últimos jogos. E hoje vimos que também falta personalidade para um time que nem mesmo soube segurar um placar favorável em poucos segundos restantes do jogo.
Ah, e talvez falte também diretoria, a qual parece inerte diante do que está ocorrendo e não faz autocrítica sobre os tantos erros que vem cometendo sucessivamente.
Em tempo: tomar gol do Edinho é quase surreal. Só contra o Coritiba ele poderia fazer um dia um gol, acidente raríssimo em sua carreira, que desde o ano de 2001 conta com apenas oito assinalados.
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