Bola de Couro
Vencemos ontem jogando menos do que o adversário, especialmente pela segunda etapa, quando tomamos um quase “banho de bola”. Há poucos dias perdemos o atletiba jogando bem melhor do que o rival.
É, o futebol tem dessas coisas. Alguns dirão a frase lugar-comum quando isso acontece “o importante são os três pontos conquistados”. Será?
Em um campeonato de “mata-mata” em dois jogos, qualquer vitória, mesmo que em uma má apresentação, é sempre fundamental, assim como quando na disputa por pontos corridos o bom resultado acontece em hora vital para o time ficar bem na tabela.
Mas isso é raciocínio imediatista. Uma apresentação como a de ontem, quando a vitória foi muito saudada mais como alívio do que pela exibição do time, permite de um lado alegria pelo resultado, mas de outro preocupação com os jogos que se seguirão, eis que ainda não chegamos nem na metade do campeonato. Jogando o que mostrou ontem e contra o Internacional, é de temer muito pelo futuro do time na disputa.
Ontem, após o gol mais uma vez recuamos o time e passamos grande parte do jogo nos safando de uma derrota pelas bolas que bateram nos troncos do Henrique e do Castan e não chegaram ao gol ou na direção do nosso iniciante goleiro. Tem responsabilidade pelo recuo o técnico que levou o time a jogar como se estivesse fora de casa e enfrentando um time bem mais qualificado, o que não é o caso do esforçado Fortaleza. Morínigo precisa rever os seus conceitos e inventar menos.
Alef Manga parece pensar que se fez uma boa jogada, como foi a assistência para o gol do Leo Gamalho, já cumpriu a sua tarefa e pode passear em campo no restante do tempo. Egídio mais uma vez permitiu gol do adversário por marcar a bola e não o adversário que estava por trás (não tenho certeza sobre em que jogo já acontecera, mas talvez os amigos leitores haverão de lembrar). Tony Anderson foi um desastre, levando a ser substituído em poucos minutos de jogo. Atuações positivas nos pés do sempre bravo Willian Farias, Mateus Alexandre e Léo Gamalho e José Hugo pelos gols.
E nosso jovem goleiro poderá ser um bom guarda-metas, mas certamente ainda não é. Falhou no gol sofrido e não tem segurança nas bolas altas cruzadas, dando socos um tanto atrapalhado. Mas ele e o Muralha são os que temos até que a “janela” de julho permitir contratar um goleiro seguro e o jeito é aguardar. Isso se superada a penalização que a Fifa nos deu.
Uma palavra final sobre o excesso de lesões que nossos jogadores têm sofrido. No ano passado quase não aconteceram, e a preparação física era louvada por isso. Neste campeonato, se não falha a minha lembrança, já sofreram lesões Léo Gamalho. Willian Farias, Warley (duas vezes), Porfírio, Tony Anderson, Mateus Alexandre, Egídio, Robinho e Igor Paixão. É quase um time inteiro. E não foram lesões resultantes de pancadas ou quedas sofridas, mas sim estiramentos ou distensões. Será que tão somente a mudança de um preparador físico fez com que isso acontecesse? Ou são apenas fatos aceitáveis embora o campeonato ainda não tenha chegado nem na metade?
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