Bola de Couro
Escrevo atrasado, pois estive envolvido com o falecimento de um familiar, o que me ocasionou viagem inesperada.
Mesmo assim, consegui um espaço para assistir ao jogo contra o Vitória, após o qual, com sobras em razão dos resultados paralelos, alcançamos a tão esperada classificação para a série A do campeonato brasileiro do ano que vem.
É hora de louvar a equipe, especialmente pela demonstração de garra na reta final, com o que supriu algumas deficiências técnicas.
Mas louvor especial merece o técnico Jorginho, que soube trabalhar com o material humano de que dispunha. Muitas vezes ficamos angustiados com o time sob o seu comando em razão do modo pragmático de jogar, com o time atuando mais defensivamente, mas ao fim e ao cabo se viu que isso era necessário diante das limitações do elenco, tanto que terminamos o campeonato com o expressivo número de treze jogos consecutivos sem derrota.
E o Jorginho também teve o mérito de saber comandar o grupo, o que se viu no episódio em que resultou afastado o Rodrigão por indisciplina, assim como no último jogo quando se mostrou necessária a substituição do Giovani que, talvez entusiasmado por ter sido o herói do jogo contra o Bragantino, pouco estava produzindo e o técnico não vacilou em retirá-lo.
E ele foi muito feliz nas substituições no último jogo. Com o Mateus Sales no lugar do Giovani a meia cancha se reestruturou e a entrada do Wanderley foi decisiva para o resultado. Alguém poderá dizer que neste último caso a substituição não dependeu da vontade do treinador, pois o Igor Jesus sentiu uma lesão, mas foram os desígnios do futebol e sabemos que nada é por acaso nesta vida e que a sorte no mais das vezes premia os capazes.
Parabéns ao nosso clube, em especial parabéns à nossa maravilhosa torcida que compareceu em massa aos jogos e em muitas ocasiões carregou o time pela sua vibração.
Dedico cumprimentos à direção, ainda que entenda que o sucesso veio apesar dela, mas vá lá, pela dedicação e esforço, ainda que com múltiplos erros desde o ano passado, parabéns também a quem administra o clube. Espero que saibam fazer uma autocrítica para não repetir os tantos erros que vimos nesses dois anos. O retorno à primeira divisão não significa a concessão de uma certidão de bons antecedentes aos dirigentes, que têm muito o que mostrar se querem fazer o Coritiba grande de novo.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)