Bola de Couro
A pergunta do título da coluna pode ser respondida dependendo do ângulo em que se olhar a questão.
Se formos considerar que o Coritiba recuou e pareceu se intimidar após fazer o gol e que o Alef Manga deixou de marcar em três oportunidades, bem como que a nossa posição na tabela exigia uma vitória contra um time que está entre os mais fracos do campeonato, então o resultado foi ruim.
Mas se considerarmos que o time mostrou outra postura anímica, que vinha tomando três gols por partida e que teve as falhas de finalização do Alef Manga (o fato serve para ser visto dos dois ângulos) e que teve algum padrão tático, podemos dizer que o resultado foi bom, na esperança de que o time mostre evolução.
Ontem tivemos boas apresentações do Gabriel, do Natanael, do Bruno Gomes e do Jamerson, os melhores na minha avaliação.
Mas de outro lado tivemos a passividade e inutilidade do Pinho, cuja substituição pelo Robson foi um revezamento entre o nada e o coisa nenhuma. Aquele participou um pouco do jogo logo no início, e o repatriado caro nem isso, ao que lembro não mais do que um lance em que atrasou a bola para o goleiro. Outra nulidade – e pior, tomando o lugar de um jovem que a qualquer momento pode fazer uma jogada produtiva – foi o Potker que, não sei se os meus olhos enganam, parece acima do peso, notadamente da cintura para baixo. Aliás, imagino o Kaio Cesar pensando “se fui substituído pelo Potker deve ser porque estou muito mal”.
Bem, espero que o treinador aos poucos conheça bem os trinta e seis jogadores que compõem o elenco e ache a melhor escalação. Decididamente ele tem que ver que, se alguns ainda podem evoluir e render, não dá para contar com jogadores como os citados acima, a despeito de outros fatores que possam não ser da compreensão de nós, meros mortais torcedores. E nem Bruno Viana, Chancellor, Junior Urso e Boschilla. E lamento dizer, o Willian Farias, que dá mostras claras de que a idade está pesando.
A missão do Zago não é fácil. Primeiro conhecer melhor o elenco, segundo ter personalidade para não deixar jogar atletas que mais parecem estar no time porque custaram milhões do que por qualificação, e por fim fazer com que os demais disponíveis formem uma equipe coesa, aguerrida e vitoriosa. Exceto aqueles que citei, temos bons jogadores suficientes para procurar manter o time em situação razoavelmente confortável na tabela. E quem sabe, quando a “janela” de contratações reabrir em julho, buscar suprir as carências trazendo jogadores efetivamente bons (o que temo não ocorra se lá quem os escolherá será o Drubscky) e então tentar voo mais alto.
Temos que ter paciência, não há outra atitude no momento, mas o time tem que nos ajudar a sermos tolerantes até que as coisas engrenem bem.
Finalizando, uma pergunta. Como entender que o Andrey, que no ano passado era um dos nossos melhores jogadores, hoje parece que tudo desaprendeu?
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