Bola de Couro
Vencemos, isso é que é importante, dirão alguns. Houve partidas em que jogamos bem, ou razoavelmente bem, mas a sorte não nos acompanhou como hoje.
Mas a que custo vencemos e com quanto sofrimento?
O time foi sofrível, péssimo na primeira etapa e um pouco melhor na segunda por força das substituições. Se foi mal coletivamente, difícil é analisar as atuações individuais, parecendo-me que os únicos que merecem algum destaque por não comprometerem são o Muralha, os zagueiros e o Natanael. Os demais, de vez em quando um lance de acerto, mas no mais erros até bizarros. Mesmo o autor do gol, que por isso poderia receber absolvição, jogou mal.
A se repetir a atuação de hoje, tenho pouca esperança de nos recuperarmos na tabela de modo suficiente para a manutenção na série A. Difícil ser otimista nesta hora, há que ser realista, pois a verdade é que temos um time ruim, montado por quem errou ao manter alguns do elenco do ano passado e trouxe outros que não têm condições de envergar a camisa do Coritiba. É difícil acreditar em um time que há muito vem jogando mal, mesmo quando vence, pois não se pode esquecer que o adversário não era qualificado, o que deixa preocupação para quando jogarmos contra adversários mais fortes.
Vamos continuar a torcer para escapar da degola e, se isso ocorrer, que a partir do próximo ano a direção do clube acerte no quesito futebol. Está acertando na recuperação financeira, em razão de déficit herdado de alguns anos de má gestão, mas o Coritiba é um clube de futebol, e os resultados em campo é que fazem crescer a torcida e trazer receitas. Retornando para a série B, as consequências serão inimagináveis. Não quero colocar na parede uma certidão negativa de débitos sem que ao lado dela haja uma foto de um time bem sucedido.
Hoje vou ficar por aqui. Espero e gostaria muito que lá em novembro os leitores tripudiem sobre mim dizendo que fui pessimista e errei.
Acho que já usei aqui uma frase atribuída a Voltaire: “A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo”.
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