Bola de Couro
O time do Coritiba é um bando. Pangarés descompromissados, rodados que nunca se firmaram e indisciplinados que parecem viver na busca de suspensões. Este espaço seria pequeno e eu seria repetitivo se fosse apontar tantas desqualificações, salvando-se apenas o goleiro Wilson e, não com tanta ênfase, Alan Santos e Werley. O resto é resto.
A torcida se queixa muito – e com razão - da falta de empenho e do descompromisso da grande maioria dos jogadores. Alguns só esperando o final do ano para deixar o clube, como disse o fraquíssimo Dodô, outros com a mochila pronta para qualquer hora ir embora – Alecsandro - e outros ainda mostrando preguiça e descuido com a forma física, caso do Anderson. Outros contratados com lesão de modo a só ocupar o estoque do plantel. E ainda temos os irascíveis que estão sempre a dar margem para suspensões levando o Coritiba a ser o time mais indisciplinado do campeonato (pelo menos estamos em primeiro lugar em algum quesito) Enfim, poderia ir longe na análise dos que ”nem estão” para o clube.
Isso pode ser má formação do caráter dos jogadores ou a explicação estaria na frouxidão e falta de liderança com que eles são tratados pela direção e gerência de futebol?
Estou mais pela segunda hipótese.
Primeiro, não é possível que o Coritiba tivesse tanto azar para contratar tantos atletas com tal desvio de caráter, seria muita coincidência (nem falo da desqualificação técnica). Depois, se há mais acomodados do que interessados, quem tem comando e liderança teria que saber se impor tanto para extrair o que de melhor alguém possa ter como para agir como para mostrar ao empregado que, se ele não tem talento para produzir bons resultados, pelo menos deve mostrar esforço para tanto. Do contrário, procure outro tolo para explorar. Sei que para quem não tem bola no corpo só vontade não é suficiente. Mas ajuda muito a superar deficiências técnicas e pelo menos poder sair de campo com a cabeça erguida.
Um parêntese. Poderão dizer alguns que segunda-feira não houve falta de disposição e que todos – salvo o Anderson – correram bastante. Sim, correram. Mas quem não observou procure rever o jogo e note que quase todas as bolas divididas foram para o Palmeiras em razão da malemolência com que os nossos entravam na disputa.
Consequência lógica dessas rápidas considerações é que o Coritiba parece não ter na sua administração alguém com perfil de líder e comandante para a área do futebol, a razão de ser do clube. E alguns dirigentes, antes tão solícitos com os meios de comunicação quando o time parecia que iria bem, nos acenando com classificação para a Libertadores ou quem sabe o título de campeão, agora não são vistos e nem ouvidos. Talvez estejam preparando as suas mochilas para o final do ano. É o silêncio dos culpados.
(Estou me restabelecendo, mas ainda com um braço imobilizado e o outro com restrição de uso, tornando-me, de exímio digitador, em um “catador de milho” com dois dedos. Agradeço aos que se preocuparam comigo aqui ou via email e WhatsApp)
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