Bola de Couro
As notícias dos últimos dias sobre o Coritiba levaram a torcida à euforia, tanto que ontem, domingo de verão quando a praia é o destino de muitos, mais de 22.000 torcedores compareceram ao jogo.
Com razão a euforia, afinal nunca o clube contratou tantos e ao que indica todos os novos contratados são bons (Sem esquecer o projeto de um novo Couto Pereira que se espera desta vez se concretize). Ontem o acerto das contratações foi demonstrado pela boa partida do Kuscevic e a excelente apresentação do Liziero no pouco tempo em que esteve em campo. Ainda temos que ver se o Bruno Vianna está à altura dos novos.
Mas voltando ao jogo de ontem, lastimável a apresentação do time que enfrentou um adversário sem nenhuma história ou tradição e que ocupa o oitavo lugar na tabela. Mesmo com os desfalques do Alef Manga e do Kaio Cesar o time deveria ter força e envergadura para vencer, até com facilidade, permito-me exagerar.
Alguns jogadores se saíram muito mal, casos do Chancellor e do Potker, este claramente um erro de contratação dentre tantos acertos, pois não é jogador para clube da série A e talvez nem mesmo da B. Ao lado dos que saíram muito mail, sem a mesma intensidade saíram-se mal também o Robson – sempre perdendo gols – e o Marcelino Moreno. Os demais, foram apenas regulares, exceto, como já dito, os antes referidos Liziero e Kuscevic.
De qualquer modo, afastados os medíocres o elenco é em parte muito bom, ou em algumas posições bom e suficiente. Mas por que em oito partidas no campeonato somente em duas, ainda assim durante meio tempo, jogou muito bem como foram a primeira etapa contra o Foz do Iguaçu e a segunda contra o Cianorte?
Não é necessário ser muito entendido em futebol para sentir que o furo é mais embaixo, está no comando técnico. Em três meses de trabalho a comissão técnica não encontrou o esquema tático correto para o Coritiba jogar. Não se vê um time coeso, consciente do que fazer, com jogadas trabalhadas de modo eficiente, vivendo de alguns reflexos individuais.
E para piorar, temos um técnico destemperado, que em oito jogos conseguiu duas suspensões (com risco de ampliação quando do julgamento dos fatos no atletiba), conduta que contaminou o seu auxiliar, ontem punido com cartão amarelo por reclamação exagerada. Sem dúvida falta ao Antônio Pereira o requisito da calma para comandar, e sem calma não há lucidez e decisões no curso do jogo acabam sendo precipitadas.
Enfim, o time ainda não está pronto. Espera-se que com o ingresso dos novos contratados e a tomada de consciência da comissão técnica de que o trabalho dela precisa melhorar muito, o time cresça e possa chegar até a Copa do Brasil e o campeonato nacional dando-nos esperanças.
Uma observação final. O Robson sofreu pênalti, sim, na primeira etapa. Será que se tivesse sido marcado e resultado em gol o time teria jogado melhor?
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)