Bola de Couro
O time.
Ontem, contra o Flamengo, calando o maior público do campeonato, o Coritiba teve uma exibição de gala, sem dúvida a melhor de todo este ano e uma das melhores em seus jogos fora de casa dos últimos tempos,
Se não existe perfeição no futebol, podemos dizer que pelo menos o time foi quase perfeito. Atuações individuais de destaque e força do conjunto exemplar.
A nossa defesa é outra com a zaga formada pelos meninos Walisson e Juninho e o deslocamento do eficiente Leandro Silva – talvez o melhor ontem – para a lateral direita. Sem querer dar relevância para aspectos negativos, não se pode esquecer que é incomparável a qualidade da zaga atual com a anterior, ante a lentidão e pouca impulsão do Lucas Claro e a displicência do Leandro Almeida.
No ataque, Henrique Almeida se afirmou definitivamente e o Kléber parece estar mostrando que valeu a contratação (melhor seria se não cometesse tantas faltas, às vezes desleais). Ainda temos o jovem Evandro, que talvez aos poucos possa ser uma revelação.
Apenas, embora ontem se mostrassem bem, tenho ainda alguma desconfiança com os volantes e armadores, que nem sempre correspondem e muitas vezes foram a causa de más jornadas do time.
Enfim, o time mostrou que tem potencial – com desconto para o dispersivo Thiago Galhardo - e pode crescer na competição. E sem esquecer que desta vez o Ney Franco não meteu os pés pelas mãos nas substituições.
Mas, como diz o povo, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Vamos continuar com os pés no chão, cientes das nossas limitações. Temos muito a fazer. Ainda não ganhamos nada, como dizia o saudoso Ênio Andrade. Ao atletiba com confiança, mas sem euforia.
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O goleiro.
Ainda que ontem aparentemente não fosse fundamental para a vitória, não posso deixar de referir que a melhor contratação que o Coritiba fez este ano foi a do Wilson. Seguro sem ser espalhafatoso, sabe sair bem nos cruzamentos e com muita qualidade repõe a bola em jogo. E, o que me parece muito importante, é líder e comanda os companheiros. Ao vê-lo, os da minha geração devem lembrar-se do discreto, mas seguro e eficiente Célio.
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O árbitro.
Tenho dúvidas sobre o futuro do árbitro de ontem, Marielson Silva, cuja atuação foi perfeita.
Ter a coragem , perante um estádio com setenta mil flamenguistas, dentre eles o controvertido presidente da Câmara dos Deputados, de dar um pênalti para o Coritiba e não inventar nenhum para o Flamengo e ainda não distorcer o lance do segundo gol com um suposto impedimento, foi atitude de personalidade e coragem – exemplo para muitos, inclusive para o que apitará o atletiba - mas de risco. Como ousou o atrevido apitar corretamente um jogo do querido da mídia e dos escaninhos do futebol?
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