Bola de Couro
Hoje vou ficar devendo um texto sobre o Coritiba.
Se eu escrevesse sobre a situação atual do nosso time, provavelmente vocês poderiam pensar que copie e colei textos publicados em 2013, 2014 e 2015. Procuro ser original em minhas colunas, e não aceitaria reproduzir as argumentações, fatos e adjetivações nos mesmos termos já lançados desde 2013, mas como não fazê-lo? Poderia ser com outras palavras, talvez, mas sempre estaria deixando de ser original e me mostrando repetitivo. Como o Coritiba vem sendo o mesmo em todos esses anos, difícil é para o cronista ser criativo para falar sobre outros temas do clube que não sejam as seguidas más fases. Eu disse “más fases”? Perdão. Não é uma fase, mas sim uma permanente crise, com um incêndio apagado aqui e ora outro se levantando ali.
Pensei então em escrever sobre o União Barigui, time da suburbana e que acompanhei na minha adolescência. É que sua lembrança me veio à mente ontem ao ver bolas jogadas para a rua no suposto estádio do PSTC (o que é isso?), nem todas sendo recuperadas. No “estádio” Plínio Franco Ferreira da Costa, do União Barigui, eu e alguns amigos seguidamente éramos “premiados” com alguma bola que era chutada para fora do campo de modo a ir cair do outro lado do rio com o mesmo nome do time, onde, na segunda-feira, íamos procurar “ganhar” uma pelota de couro número 5. (Sim, cometi apropriação indébita, mas era menor inimputável e o crime já prescreveu). Mas as semelhanças entre o que aconteceu ontem e o time suburbano parariam por aí, pois os atletas que compunham o União Barigui eram altamente voluntariosos, se entregavam pelo clube e nada ganhavam senão o prazer da vitória. Então, se não há semelhança entre a disposição e comprometimento de um e de outro, não convém escrever a respeito do clube do meu bairro.
Fico devendo, mas nem tanto quanto o Coritiba nos deve.
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