Bola de Couro
A torcida do Coritiba certamente é a que mais tem sofrido nos últimos anos. Desde as boas campanhas de 2011 e 2012, o máximo que conseguimos foram dois títulos estaduais, mas em compensação obtivemos um rebaixamento, desclassificações sumárias na Copa do Brasil, o atraso com a manutenção na série B por mais de um ano e agora a quase certeza de que retornaremos ao segundo plano do futebol nacional.
Não temos um bom elenco e não temos técnico e tudo é coroado pelo comando (?) de uma diretoria que alguns estão a apontar como a pior da nossa História.
Ontem, contra o Ceará, vimos mais um capítulo dessa história, com destaque para o personagem Jorginho, suas idiossincrasias e sua “panelinha”, pois não bastassem as carências do elenco, não sabe – ou não quer, acho que é mais por aí – utilizar os jogadores que poderiam dar alguma qualidade e mudar o jogo, mas, ao contrário, por birra ou por causa que a minha imaginação não alcança, usa a todo o momento, mesmo que improvisadamente, os mesmos que já comprovaram não ter a menor condição para compor o time.
Enfim, mais uma tristeza, mais um passo rumo ao rebaixamento e mais dois meses sob o comando (?) de uma diretoria que prometeu muito e entrega pouco ou quase nada. Jorginho sem dúvida é incompetente, mas os que estão – ou deviam estar – acima dele o são tanto quanto.
Por isso hoje vou falar um pouco menos sobre o que vi em campo, que nada foi diferente do que temos sofridamente visto há muito tempo e para o que nossas palavras tem sido como poeira ao vento.
A disputa eleitoral no Coritiba está por acontecer, possivelmente com três chapas, duas delas já anunciadas e outra da atual administração, embora ainda não se saiba em que posição nela estará o atual presidente.
Eu tenho uma tendência de escolha, como muita gente a esta altura já deve ter, mas pretendo não usar este espaço para fazer proselitismo e pedir que votem comigo, respeitando, obviamente, os confrades que queiram se posicionar.
Mas de uma coisa vocês podem ter certeza, se realmente a atual direção entender por disputar direta ou indiretamente a eleição, é certo que jamais votarei ou recomendarei o voto para ela ou quem for por ela apoiado. Diante de um desastre consumado como está sendo a atual gestão, não seria próprio de quem se diz coritibano pretender que uma tragédia irreversível ocorra. E nem silenciar em nome de uma hiperbólica isenção.
Se a situação se apresentar mesmo para a disputa, e se a torcida organizada votar em peso na situação, tanto quanto fez para eleger as duas últimas administrações, e enquanto isso o associado médio e mais velho não comparecer, eles podem vencer.(O risco existe, salvo se o Conselho Deliberativo autorizar, tal como fez na última assembleia geral, o voto virtual, com o que os associados idosos e com doenças crônicas ou mesmo outros com medo de aglomeração poderão votar e definir um resultado mais legítimo).
Não me cobrem incoerência por querer ter isenção externa e não apoiar expressamente uma das chapas e ao mesmo tempo desapoiar enfaticamente a da situação. Sou democrata, mas tudo tem limite.
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