Bola de Couro
É muito bom vencer qualquer jogo, ainda mais contra um rival da capital, ainda que o Paraná Clube não seja mais o que foi nos anos 1990 quando os jogos contra ele eram clássicos no significado da expressão. Mas o jogo de ontem foi digno de duas equipes medíocres, vencido pela menos fraca, em um lance bonito, mas isolado.
Conhecemos quase todos que têm jogado – ontem, nove deles estiveram em campo – e que no passado já demonstraram pouca ou nenhuma qualidade para compor um time de primeira divisão.
O lateral direito, que no primeiro jogo me pareceu que prometia, desde o jogo com o Rio Branco tem se visto que não é assim. A zaga se saiu bem, ainda que dando uns sustos, mas será que tem cacife para enfrentar ataques de times fortes da série A? Da meia cancha para a frente não se vê jogada trabalhada, criação de espaços, o campo parece pequeno. Ontem raros foram os chutes em direção do gol adversário e o goleiro rival não foi obrigado a fazer nenhuma defesa minimamente difícil que não cortar cruzamentos. E no ataque o Robson não tem a menor condição de integrar um time da primeira divisão, enquanto o Igor Jesus já desperdiçou todas as oportunidades para mostrar que pode ser um centroavante a ser respeitado e que deixará um dia a condição de promessa.
Dizem alguns que não se pode exigir muito pois é início de temporada. Mas assim não é para todas as equipes? Não estão todas se adaptando e em consequência no mesmo patamar? E mesmo assim os clubes chamados grandes, com raras exceções, estão apresentando bom futebol e tendo vitórias convincentes – só o Corinthians tropeçou – tal como aqui está acontecendo em relação ao rival maior. Com os aspirantes.
Depois, salvo se com o retorno do Nathan Ribeiro e a entrada do Renê Jr (se vier a ser bem sucedido), além do Sassá ter bom aproveitamento e o Galdezani se recuperar e não seja novamente o cometa que foi em 2017, tudo isso somado a um toque mágico do Barroca, teremos novamente um ano muito difícil.
Ah, ia esquecendo. O Thiago Lopes é um jogador muito fraco, a torcida o repele com razão, mas ontem fez um belo gol e nos deu a vitória. Foi o que se denomina paradoxo. Se antes, contra todas as expectativas, os técnicos teimavam com ele, agora ficou mais difícil afastar a teimosia de quem o escala.
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