Bola de Couro
O futebol paranaense vive mais uma fase de pequenez, aliás sucessivas com pequenas interrupções como foram as conquistas do Coritiba nos anos 1970, 1985 e 2011, do Atlético em 2001 e 2004 e do Paraná em 2006. Todos tiveram passagens pela Copa Libertadores, o Atlético com mais destaque, mas foi só isso, nunca se firmaram e não houve continuidade.
Porém, penso que nunca estivemos tão mal como agora.
O Coritiba, depois de namorar por anos seguidos a segunda divisão do campeonato brasileiro, finalmente conquistou o seu intento e, pelo que até agora tem sido mostrado, vai nela permanecer. A torcida está tão desestimulada que no nosso último jogo, em casa, compareceram tão somente pouco mais de dois mil abnegados. Aliás, as perspectivas para conquista do título estadual não são boas (e até é melhor que não sejam, para não acontecer como no ano passado quando o título nos levou a supor que tínhamos time).
O Atlético, ainda que na elite, não tem entusiasmado o seu torcedor, tanto que em jogo decisivo como o de ontem apenas sete mil compareceram ao estádio (erguido a um custo altíssimo, a maior parte com dinheiro público, e agora subaproveitado). Sofre de uma relação freudiana entre a sua direção e a torcida, maltratada por aquela, cujo encaminhamento não se vislumbra bom.
E o Paraná, depois de um esforço hercúleo para voltar à primeira divisão, conquista esperada por dez anos consecutivos, aos poucos está se desmanchando, fez um péssimo primeiro turno no campeonato estadual e não conseguiu nem se classificar para a semifinal do segundo turno, levando apenas cinco mil pessoas a um jogo decisivo em um estádio que não é seu e que talvez logo tenha que entregar para a União federal.
E o Londrina? Ah, o Londrina nada mais é do que o maior clube paulista no Paraná.
Sendo induvidoso que as quatro maiores forças do futebol brasileiro são os paulista, cariocas, mineiros e gaúchos, já tivemos a pretensão de nos considerarmos a quinta força, mas no momento não podemos afirmar que assim seja. Na melhor das hipóteses estamos em pé de igualdade com os baianos e catarinenses (estes crescendo), sendo exemplo marcante a desconsideração da empresa de TV em transmitir o campeonato estadual pelo Pay-per-view, ao tempo em que transmite a maioria, inclusive o goiano(!).
Vários fatores concorrem para isso, dirigentes, federação e imprensa,e o espaço de uma coluna é pouco para explorá-los. Voltarei outro dia.
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