Bola de Couro
O Coritiba mais uma vez se comunicou com os seus associados através de nota oficial expedida hoje e denominada “Pontos Extras”. Vou transcrevê-la aqui por tópicos, analisando um a um.
Nela consta que “Muito embora o resultado em Goiânia tenha sido ruim, os seis pontos que hoje nos separam do G4 não permitem que ninguém jogue a toalha. Dos 12 jogos que faltam, sete serão no Couto Pereira e uma sequência de bons resultados é perfeitamente possível”.
Sem dúvida, matematicamente não é impossível que consigamos a classificação, mas possível não é provável e o histórico do time neste ano não permite acreditar com tanta esperança. O fato de a maioria dos jogos ser em casa não diz muito, pois se no início do campeonato nós tivemos vitórias no Couto Pereira que nos sustentaram perto da zona de classificação por algum tempo, depois elas passaram a ser esparsas e em um momento houve uma série de quatro jogos sem sucesso.
A seguir a nota elenca as razões pelas quais a direção ainda acredita no acesso.
“Todas as obrigações estão em dia”.
Pelo que se ouviu dizer e leu de notas oficiais anteriores, há muito os salários estão em dia (até uma estranha faixa dizia), mas isso não tem sido suficiente para fazer com que os fracos jogadores que compõem o elenco aprendam a jogar futebol.
“A recente contratação de Paulo Pelaipe para a Direção de Futebol traz uma voz de experiência para o departamento, necessária neste momento importante”.
Mesmo que seja um bom profissional, o que poderá fazer com o atual elenco a esta altura do campeonato? Montar outro time é impossível. É profissional experiente, mas nunca soube que tivesse poderes para praticar milagres.
“A liderança exercida sobre o grupo pelo técnico Tcheco, que proporciona a certeza de que os atletas também jogarão pelo comandante”.
O Tcheco nada trouxe de novo para o time, que tem se mostrado tal e qual era sob o comando dos treinadores anteriores. Não se vê nenhuma jogada treinada, salvo os passes laterais que se concluem com a bola atrasada para o Wilson. E essa história de que “jogarão pelo comandante” é de muita ingenuidade, no mínimo. Admitamos que o Tcheco tenha liderança forte (o que é duvidoso considerando foi escolhido pelos jogadores que comanda), alguém acredita que só dedicação e doação serão suficiente se não há qualificação técnica mínima do elenco? Este quesito – dedicação, raça, empenho ou o que seja no campo anímico – já foi objeto de apelos sem resultados. Ah, e se é para jogar por alguém, que joguem por nós, torcedores.
Mas em que mundo vivem esses dirigentes?
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Estive por alguns dias em Curitiba, ocasião em que tive a alegria de conhecer pessoalmente os confrades Sérgio Brandão, Ricardo Honório e Marcelo Carneiro e de participar de gravação de programa da TV Coxanautas. O Sérgio, o Ricardo e o Marcelo, além de pessoas agradáveis que há muito inclui no rol dos meus amigos, são coxas-brancas da melhor cepa e que prestam um inestimável serviço à torcida mostrando a nossa realidade, incentivando ou criticando o time quando necessário, sempre com olhos de quem quer o melhor para todos. A eles renovo meu abraço e reconhecimento.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)