Bola de Couro
Desde a vitória contra o Brusque, e lá se vão um mês e meio e seis jogos, o Coritiba não tem se apresentado bem. A partir de então vitórias na bacia das almas contra o Vila Nova e o Guarani, empates com Vitória, Confiança e Remo, e derrotas para o Cruzeiro e o Vasco.
Em vinte e um pontos disputados nesses jogos conquistamos apenas nove, número que que se agrava diante do fato de que nas últimas partidas nas quais ganhamos pontos as apresentações dos times foram apenas suficientes ou pífias.
De uma vantagem de seis pontos sobre o segundo colocado e de oito em relação ao primeiro clube fora da zona de classificação, estamos hoje com dois pontos a mais do que o segundo e cinco sobre o quinto colocado, de modo que podemos perder a liderança em uma rodada ou sair da posição entre os quatro primeiros em duas se perdermos os jogos e ao mesmo tempo os adversários diretos se derem bem.
Estamos vivos na competição, ainda são números bons, ou pelo menos suficientes, e a perspectiva de classificação está presente ao menos na matemática, mas a questão no momento não é essa e sim a marcante queda de rendimento da equipe, fato que não nos dá confiança de que alcançaremos os objetivos da subida para a série A com facilidade e nem o título, o qual seria muito importante.
O jogo contra o Vasco me trouxe a lembrança a partida decisiva da Copa do Brasil de 2011, quando o nosso técnico “inventou” colocando no meio campo Marcos Paulo, que raramente jogava, inutilizando com isso metade do primeiro tempo até que o jogador foi substituído, tal e qual hoje com a “invenção” do Matheus Alexandre. E não poderia faltar na lembrança o “frango” que o Edson Bastos naquela decisão, determinante para que não alcançássemos a diferença de gols que nos daria o título, e a “batida de roupa” do Wilson no primeiro gol do adversário. Sobre esse último ponto, observo que todos os goleiros podem falhar um dia, isso é natural. Os grandes goleiros falham, mas não nos momentos decisivos quando, pelo contrário, crescem.
Espero que as coincidências fiquem só nisso e não remetam ao campeonato estadual no qual começamos muito bem, até com goleadas, e depois fomos desclassificados ainda na primeira fase. (Vira essa boa pra lá, Rauen!)
Todos vinham cobrando muito o Morínigo por não fazer alterações no time e tudo indica que ele entendeu mal o que cronistas e torcedores desejavam, escalando Jhony, que é muito fraco, e improvisando o Matheus Alexandre. Não eram essas as mudanças reclamadas, mas sim muito mais na postura do time, que vem se mostrando covarde ao início dos jogos e no curso deles se está com vantagem no placar, ontem praticando um primeiro tempo pífio, apequenado e respeitando demais o adversário. E se esperava também substituições sem invencionices, não como ocorreu. Houve acerto na entrada posterior do Bochecha, com a qual o time cresceu, mas isso não foi suficiente para virar o placar e também mostra que o técnico usou mal as opções para começar o jogo.
Enfim amigos, a euforia que esteve conosco há algumas rodadas vai se apagando, mas, como disse antes, estamos vivos e ainda dependemos só de nós. Claro, desde que a comissão técnica e os jogadores se conscientizem que com a postura amedrontada que temos mantido não chegaremos a lugar algum. Não dá para escapar de usar o lugar-comum que diz estar a luz amarela acesa.
Temos que reagir, se necessário que a direção vá ao vestiário.
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