Bola de Couro
O Coritiba não tem um time que se possa dizer pronto, mas está se aproximando do ponto ideal para devolver aos seus torcedores a esperança de que os tempos áureos poderão voltar.
Não é deslumbramento com a excelente partida de ontem contra o Londrina, como não foi decepção quando da má apresentação contra o Operário, embora nós, torcedores, mesmo os cronistas, tenhamos sempre o argumento de que “futebol é momento” e nosso humor às vezes flutue.
É, sim, uma constatação. O time está evoluindo desde as fracas primeiras exibições, fazendo uma primeira etapa primorosa contra o Rio Branco - com um hiato contra o São Joseense - e um jogo próximo da perfeição ontem. Fez dois gols em poucos minutos e não se abateu quando o adversário quis reagir por força de uma falha do Egídio, logo voltando a propor o jogo e marcando mais um gol.
Mereceram destaque Régis, Alef Manga e Castan, o que não significa que os demais não foram bem. Val como lateral está sendo melhor do que como volante, o Willian Farias sempre um leão, Igor Paixão, se desta vez não fez gol, azucrinou bastante a defesa adversária. Tony Anderson deixou um belo cartão de visitas, vamos torcer para que confirme o que vimos. A “pixotada” do Egídio quando do gol do Londrina, espero que tenha sido um acidente, pois na sua posição temos carências.
Vou dar uma trégua para o Alex Muralha. Continuo entendendo que não é o goleiro que um time forte deve ter, em especial nos campeonatos nacionais, mas tudo bem vamos lhe dar mais oportunidades. Mesmo assim, continuo cético. Espero estar errado, mas...
A mesma trégua não consigo dar para o Matheus Sales, o burocrata que toca a bola para o lado ou para trás. Vejam que os melhores momentos do Coritiba são quando ele não entra como titular. Ontem não fugiu da regra. Já me disseram que eu implicaria com ele, o que não é verdade. Quero o bem do Coritiba e não consigo passar a mão em um jogador que está no clube há três anos e nunca se destacou, pelo contrário.
Mas enfim, o certo é que o time está se ajustando bem. O campeonato estadual talvez não seja parâmetro, mas se nem no regional formos bem, o que dirá em nível nacional? Desta vez estou esperançoso e o sentimento do medo, comum em todos os inícios de temporada, está se afastando. O atletiba e a Copa do Brasil se aproximam e então poderemos sentir o que o time tem efetivamente para vender.
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