Bola de Couro
Ontem conquistamos mais um ponto, continuamos na liderança com vantagem de cinco sobre o segundo colocado e seis sobre o quinto, não perdemos há oito rodadas e o campeonato se aproxima do final, faltando apenas dez jogos para consolidar o tão desejado retorno à série A do campeonato brasileiro.
Isso é positivo.
Mas podemos ser ultrapassados na liderança e alcançados no grupo dos quatro em duas rodadas, temos pela frente jogos muito difíceis e o time não vem atuando bem, conseguindo alguns resultados na bacia das almas, às vezes com a ajuda da sorte – bolas na trave – e ótimas atuações do Wilson.
Isso preocupa um pouco.
O jogo de ontem serviu para confirmar o que todos sabemos, se o chamado time principal tem se saído bem, ao mesmo tempo não temos elenco suficiente e reservas à altura. Dificilmente uma mexida no time tem gerado bom resultado.
Henrique e Robinho fizeram falta, aquele mais pela liderança que exerce pois o seu substituto se saiu bem, também sendo sentida a ausência do Waguininho que embora tenha um futebol discreto, tem sido eficiente.
A meia cancha foi o ponto negativo na apresentação de ontem. Somente o Willian Farias se destacou e, como ele é volante de contenção, o seu destaque mostra como o time esteve sob pressão do modesto Remo. Mateus Salles voltou a ser o “carimbador de bola”, desfazendo a boa impressão que deixara nos dois últimos jogos, enquanto o Val se saiu muito mal, continuando a perder bolas infantilmente quando na disputa parece que ele tem o pé leve como o de uma moça ao dançar com um brutamontes. E o Valdeci, um mistério insondável a insistência com esse pseudo jogador de futebol. Como disseram os meus confrades no podcast pós jogo, não é possível que um dos demais reservas, seja o Biel ou outro, jogue menos do que o Valdeci, além de tecnicamente fraco, parecendo desinteressado do jogo.
Todos sabemos que os garotos da base não devem ser “queimados”, sendo lançados sem uma boa preparação, em especial psicológica. Mas se à vista do Valdeci um dos jovens não entra em campo, quando será o momento oportuno? Se nem na goleada contra o Brusque, quando alcançamos um placar folgado qualquer um dos meninos foi lançado para ir se aclimatando, o que o Morínigo está esperando? Outra incompreensão é a insistência com o peladeiro Gui Azevedo, emprestado pelo Grêmio (que está na zona de rebaixamento) para ser mostrado pelo Coritiba, quando, tal como como ocorre com o Valdeci, temos reservas esperando na fila para mostrar que têm mais futebol do que ele. E se mostrarem, gerando ganho financeiro ao Coritiba e não ao Grêmio.
Enfim amigos, ainda estamos bem, tudo indica que subiremos, mas se as perspectivas matemáticas nos são totalmente favoráveis, as técnicas não têm se mostrado assim. O copo está meio cheio e meio vazio. Os dois próximos jogos serão fundamentais para que saibamos se estamos apenas vivendo um momento tecnicamente ruim, ou se a matemática também o será.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)