Bola de Couro
A derrota contra o Cruzeiro, com direito ao adversário estar vencendo por 2 x 0 em sete minutos de bola rolando, trouxe à tona uma dúvida que aos poucos eu vinha tendo e certamente a maioria da torcida também.
Qual é o autêntico time do Coritiba? Aquele que até o jogo contra o Brusque disparava na liderança, com apresentações convincentes, ou ao menos suficientes, ou o que vimos desde a magra vitória contra o Vila Nova, seguida pelos empates contra os fraquíssimos Confiança e o Remo e a acachapante derrota de ontem contra o Cruzeiro?
Já tratei aqui sobre o fato de que não temos elenco, pois os reservas, ao menos dentre os que já foram testados, se mostraram fracos. Esse fato, aliado à vacilação do técnico em mexer no time no curso do jogo, o que só faz quando praticamente não há mais tempo para nada, é o ponto nodal para ver o mau momento do Coritiba.
Um time que, terminando a primeira etapa do jogo perdendo por 2 x 0 e jogando mal, e nem assim o técnico fez substituições no intervalo, dificilmente poderia ir bem. Diz-se que em time que está ganhando não se mexe, e o dito popular por ser lido ao inverso, em time que está perdendo e jogando mal deve-se mexer. Ora, perdido por dois, perdido por mil, algo tinha que ser tentado ainda no intervalo. Ontem as substituições – as mesmas e previsíveis – aconteceram quando o jogo já se encaminhava para o final e nada somaram.
Hoje não vou fazer a habitual análise das atuações individuais, pois ontem o time todo foi mal, do goleiro ao ponta esquerda como se dizia, com ressalva para a bravura do Willian Farias, cuja raça é essencial mas sozinha não ganha jogos.
Nada está perdido, ainda estamos em posição confortável na tabela. Mas também nada está ganho, mais alguns vacilos como os últimos e corremos o risco de sair até mesmo do dito G4, o que seria desastroso pois o campeonato está no seu terço final.
Temos que voltar a jogar de modo pragmático, conscientes das nossas limitações e tentando somar pontos ao menos suficientes para a tão desejada subida à série A, na qual teremos que qualificar em muito a equipe. Não dá para pensar que está tudo perdido, pelo contrário, os números mostram que não e em tese até o título pode estar no horizonte, mas as apresentações do time não têm servido para nos dar tanta confiança.
Então, que o Morínigo trate de enxergar que as opções que utilizou até agora para mudar o time se mostraram ineficazes e que não errará se tentar outras soluções no elenco. Não há outro caminho.
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Uma palavra sobre a marcação do pênalti (mais um desperdiçado pelo Leo Gamalho). Apesar da evidência do toque na bola com o braço pelo zagueiro do Cruzeiro, claramente visível sem necessidade de repetição de imagem, é incompreensível que o árbitro necessitasse do VAR e ainda tenha vacilado muito para marcar. Terá caroço nesse angu?
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