Bola de Couro
Depois de mais de um ano sem ver a torcida de modo massivo no Couto Pereira, ontem tivemos uma vitória importante, com o time se apresentando na segunda etapa de modo praticamente perfeito, com a grande e apaixonada torcida do Coritiba quase enchendo o estádio, apoiando desde o primeiro minuto e fazendo uma linda festa nas arquibancadas. Tivemos público maior do que o do jogo quando o Flamengo esteve em Curitiba jogando com o rival, o que mostra que torcida se mede nas arquibancadas e é muito diferente ser torcedor do que ser mero simpatizante, muitas vezes pela moda ou influência da mídia.
Pois então, ontem conjugamos uma excelente apresentação do time com a festa da torcida, razão pela qual pode-se dizer que foi um marco de renascimento do Coritiba depois de seis anos de penúria. Nosso clube só vive por força dos seus torcedores, neles incluídos os dirigentes, os quais, na atualidade, têm demonstrado capacidade e visão, devolvendo-nos o orgulho de sermos coxas-brancas.
Agora, com a liberação para receber público total conforme a capacidade do estádio, provavelmente no jogo contra o Brasil de Pelotas, o próximo com nosso mando, estaremos disputando ou confirmando a classificação e nos aproximando do título e certamente a torcida encherá o estádio com a sua bela festa.
Só uma catástrofe nos afastará da classificação para a série A, que está a dois passos, e do título, que está a três ou quatro passos. Mesmo assim, vamos seguir na máxima do velho Ênio Andrade que a cada degrau que o Coritiba avançava no campeonato de 1985 dizia “ainda não ganhamos nada”.
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Dois pesos e duas medidas.
A invasão do campo pela torcida do Grêmio no jogo contra o Palmeiras foi um espetáculo deprimente, que só não foi igual ao vexame que protagonizamos em 2009 por não restarem feridos (ao menos não se noticiou). Mas foi quase igual.
E o tratamento da imprensa e da justiça desportiva desta vez foi muito diferente.
A imprensa deu a notícia sem o estardalhaço que fez em 2009 e o STJD puniu o Grêmio liminarmente com proibição de torcida nos seus jogos, pena bem mais suave do que a que recebemos, quando perdemos o mando de dez jogos. A justiça desportiva – não é órgão do Judiciário, fique claro – tem que agir com isenção e isonomia. Do contrário, tratando iguais desigualmente, está praticando injustiça.
A propósito, alguém tem notícia de punição ao nosso rival pela invasão de campo por um torcedor no jogo contra o Flamengo pela Copa do Brasil?
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