Bola de Couro
Leio nas redes sociais comentários de alguns torcedores desejando o retorno ao Coritiba do Miranda e do Rafinha. No Instagram até pesquisa sobre o retorno do Sassá e do Rodrigão foi feita.
Nada mais equivocado.
Rafinha e Miranda não têm mais o que dar ao Coritiba, só a extrair. Assisti muitos jogos do lateral direito e claramente observei que jogava quando queria, certamente sendo um dos responsáveis pela queda do seu time para a segunda divisão. Além do mais, comenta-se que seria um desagregador de vestiário. Miranda, no São Paulo também não foi bem. Foram craques e jogadores de sucesso, mas chegaram aos seus limites. E ambos seriam um encargo financeiro acima das possibilidades do clube, cuja reestruturação passa muito por saber como e onde gastar.
Ah, mas o Henrique deu certo, talvez dirão alguns. Sem dúvida, a defesa do Coritiba se fortaleceu com o seu futebol e liderança. Mas certamente trata-se de uma exceção, confirmando o dito de que toda a regra a tem.
O Coritiba tem que olhar para a frente e saber buscar promessas e revelações. Medalhões e ex-jogadores não cabem em um clube que quer voltar a ser protagonista no futebol brasileiro, mas precisa andar sobre o fio da navalha quanto aos gastos. Miremo-nos no exemplo do rival, que sabe garimpar jogadores desconhecidos e com eles monta bons times e faz excelentes negócios.
Já tivemos contratações de “famosos” que pouco ou nada agregaram ao clube e daqui só levaram polpudos valores, como, por exemplo, Alecsandro e Ricardo Oliveira, e não podemos incorrer no mesmo erro se queremos um time forte e com atletas dedicados.
E essa história de que quer encerrar a carreira no seu clube de coração é uma bazófia. O Coritiba não é um posto do INSS para que jogadores queiram alcançar a aposentadoria. Se tinham mesmo esse desejo – o que duvido, dada a mercantilização do futebol moderno – que viessem antes, aceitando salários compatíveis com as nossas forças financeiras, e especialmente com dedicação ao clube que dizem ser do coração.
Vamos olhar para a frente. Tentar viver do passado muitas vezes só prejudica o futuro.
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