Bola de Couro
Para quem precisava ficar em casa, como aconteceu comigo, ontem seria um domingo repleto de emoções e esperançosamente de alegrias. Jogo pelo sub-20, jogos pela série A, jogo da seleção europeia, digo, brasileira, e finalmente uma partida importante para o time principal do Coritiba.
O primeiro jogo começou a ser transmitido aos 23 minutos da primeira etapa, uma vez que um inexpressivo torneio de tênis não terminou antes do horário previsto. E a transmissão começou encontrando um Coritiba vencendo e jogando bem. Mas eis que vem a segunda etapa e os piás voltaram do vestiário não parecendo ser os mesmos. Excessivamente autoconfiantes, parecendo que a badalação e os holofotes que lhes dirigiram durante a semana não lhes fizeram bem. Empatamos e agora decidiremos no RJ, mas pelo que a equipe mostrou nos jogos anteriores temos plenas condições de vencer se os piás se conscientizarem de como devem jogar uma decisão. Ah, e se não houver apitadores como os dois últimos que o Coritiba enfrentou na série B.
Não tendo o que melhor fazer, depois resolvi secar o rival no jogo contra o Grêmio. Qual o quê, venceram e convenceram, mostrando que, apesar de alguns ufanistas quererem negar, depois de um bom período em que estivemos entre os maiores do Brasil, hoje não somos o maior nem do Estado.
Depois, passei para o jogo da seleção europeia, ops, errei de novo, brasileira. Um bom jogo, uma boa apresentação, mas a mim a seleção nacional há muito não empolga e nem consigo torcer.
Por fim, o jogo mais esperado do dia, um momento para o Coritiba se afirmar e mostrar que tem condições de ir bem no campeonato da série B. Pois depois de um bom primeiro tempo – ainda que o Londrina tivesse duas boas chances impedidas pelo Wilson - o time voltou do vestiário bem diferente (o que teria havido lá dentro?). Deu espaços para o Londrina, foi subjugado, esteve muito mais perto de perder do que de ganhar. Claro, houve o pênalti e sua marcação poderia ter levado à tão sonhada vitória, mas mesmo assim não se pode culpar só a arbitragem quando o time não se ajuda.
Dois personagens de ontem a mostrar que as coisas não estão bem.
De um lado o Wilson, que apesar das grandes defesas, parece jogar emburrado e xinga os companheiros cada vez que deixam o adversário chutar, como se a sua posição não pudesse ser exigida. Temo que o clima entre os boleiros possa não estar bom.
E de outro o Igor Paixão, que teve participação em um lance marcantemente bisonho. Recebeu a bola no meio da entrada da área, livre, repito livre, e conseguiu a proeza de chutar para a lateral em um dos lances mais patéticos dos últimos tempos. É uma amostra, completada pelo Waguininho, Wellington Carvalho e outros, do fraco elenco que temos.
Não bastasse o mau momento em campo, as notícias do final de semana sobre a saúde do presidente Follador foram desanimadoras. Continuamos na torcida por ele, mas ao que foi noticiado é uma situação muito difícil, embora não insuperável.
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