Bola de Couro
Depois de uma longa pausa desde a confirmação da nossa manutenção na série A, passando pelo acompanhamento da Copa do Mundo, retorno ao convívio dos amigos e amigas Coxanautas.
Há muito e há pouco a dizer sobre o Coritiba de 2023.
As dispensas até agora feitas – talvez exceto a do Castan – entusiasmaram, uma vez que todos não mereciam mesmo lugar no time do Coritiba, alguns por deficiência técnica, outros por useiros e vezeiros do departamento médico e outros pelo peso da idade que não permite enfrentar o futebol moderno, onde a velocidade é quesito fundamental.
A troca do técnico foi um passo importante. Ainda que o lusitano não tenha um currículo forte, já mostrou bom serviço no rival e deve ser melhor do que o impassível Guto Ferreira. Vamos confiar.
Das contratações vejo com bons olhos a do Júnior Urso, que quando nos deixou apresentava bom futebol. Se o Andrey retornar com a mesma qualidade que mostrava antes da lesão, com o Bruno Gomes, o Jesus Trindade e o Júnior Urso poderemos ter um meio de campo mais qualificado. Aos que notaram que não inclui o Willian Farias, foi proposital. É um leão, luta como poucos e gosta do Coritiba, mas está se aproximando do seu ocaso (tanto quanto o Henrique) e não está à altura de disputa que enfrentaremos contra tantos clubes qualificados.Rodrigo Pinho e Victor Luís vêm cercados de boa expectativa e espero que a confirmem.
Falta-nos um goleiro reserva seguro, a não ser que um dos jovens – Marcão e Sidney – se mostre confiável. E a zaga penso que é o nosso maior problema. Sofremos 60 gols no campeonato passado, média de mais de 1,5 gols por jogo, foi a segunda defesa mais vazada. A qualificação do setor é urgente e fundamental, mais do que qualquer outro.
Estava começando a escrever sobre a falta de um meia – figura rara no atual futebol – quando chegou a notícia de que contratamos Marcelino Moreno, camisa 10, vindo do Atlanta United, o que pouco diz, mas com passagem pelo Boca Juniors, o que diz muito. Confesso que nada sei sobre ele, mas deve ter sido uma boa aquisição. A confirmar.
O mesmo não posso dizer do Potker, cuja contratação no meu entender foi um erro. Acompanhei-o no Internacional e o que a crônica local dizia: um jogador muito veloz, tão veloz que passa da bola... No Avaí, em 27 jogos fez apenas 3 gols e deu 1 assistência, o que é muito pouco para o que queremos.
Enfim, aos poucos vamos montando um time, contando com a expectativa dos jovens que foram promovidos ao grupo principal e torcendo para que na “copinha” em andamento alguma revelação apareça. Certamente a direção está pesquisando o mercado para, dentro de nossas limitações financeiras, qualificar o time para que não seja novamente mero coadjuvante no campeonato nacional.
Temos um ano importante pela frente. Ou o Coritiba se mantém como clube que apenas almeja ficar na elite, ou procura ser protagonista disputando mais do que evitar o descenso.
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