Bola de Couro
Uma boa jogada em cima de um erro é que leva a acontecerem gols e permite ao time que mais acertou e que menos errou sair vitorioso. Na maioria das vezes, mas nem sempre, pois seguidamente alcançam vitórias times que são favorecidos por lance de sorte ou por erros de arbitragem ou ainda que jogam “por uma bola” e a conseguem. Mas mesmo que o time não se mostre melhor na partida, não tenha sorte e nem seja favorecido pela arbitragem pode vir ser vitorioso se o adversário cometer erros decisivos que definam o resultado. Um pouco acaciano, não?
Errar, portanto, é normal no futebol e a história está cheia deles.
Porém, é aqui que eu queria chegar, para erros capitais e decisivos, tais como os que ocorreram no último jogo, há um limite para a razoabilidade e aceitação, nem tanto pelos falhas propriamente ditas, mas principalmente pelo momento em que ocorreram.
Contra o Internacional o Coritiba fez uma partida segura, mostrando que sob o comando do Capergiani é possível um bom desempenho, mesmo que ele venha sendo obrigado a escalar um time a cada jogo por força de lesões e suspensões.
Mas em se tratando de jogo muito difícil e decisivo contra o Internacional – o jogo de seis pontos de que tanto falam – não se pode aceitar ver um atleta experiente como o Juan cobrar mal (não pessimamente, o goleiro adversário teve méritos) um pênalti que definiria o resultado, pois se bem concluído o lance o estado de ânimo do Internacional seria o de depressão profunda e os minutos finais passariam com tranquilidade para nós.
Porém, parece que não satisfeito com um erro decisivo do companheiro, o Lucas Claro, como se fosse um juvenil pela primeira vez em campo, foi imprudente ao colar o seu corpo ao do Valdívia, que espertamente se jogou e conseguiu o pênalti que o Internacional soube aproveitar. A propósito do pênalti, vejam aqui o que disseram o Valdívia e um comentarista de arbitragem da imprensa gaúcha sobre como foi obtido.
Foram dois erros que acontecem no futebol, não foram gravíssimos, nada têm de extraordinário e grandes jogadores já os cometeram. O problema é que em razão da importância do jogo, da boa apresentação do Coritiba e do nervosismo que tomava conta do Internacional não poderiam ter acontecido. O momento não permitia erros.
Mas agora infelizmente Inês é morta. Como dizem os jogadores, vamos partir para outra. Penso que se o time mantiver o padrão de jogo que está apresentando e se houver mais seriedade para que erros individuais decisivos como os de ontem não aconteçam, logo voltaremos a respirar aliviados e quem sabe ocupar um lugar honroso na tabela.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)