Bola de Couro
O empate de ontem, com gosto de derrota, contra o modesto Sampaio Corrêa, levou a uma decisão que há muito tardava, qual seja o afastamento do técnico que nunca mostrou capacidade para dar um mínimo de organização ao desqualificado time montado através do igualmente desqualificado gerente de futebol e o seu “maravilhoso” software.
É de se esperar que a direção tenha tido um choque de realidade, bem tardio é verdade, e que com ele deixe de lado a soberba e a insensibilidade que até agora manteve, sabendo encontrar profissionais que consertem as coisas – se é que já não se adiantaram escolhas antevendo o desastre – e que nos levem pelo menos ao quarto lugar ao final do campeonato.
Não será fácil. Demorou-se muito para enxergar o que até as cadeiras do Couto Pereira viam.
E não será de um lado porque é muito difícil, quase impossível, conseguir um mágico que tire da cartola qualificação para jogadores que não têm a menor condição de envergar a nossa camisa, e de outro porque os nomes disponíveis no mercado ou são caríssimos - nos quais realmente não podemos nem pensar em contar - ou porque alguns estão na categoria de inconstantes ou de apostas. Mas pior do que estava creio que não ficará, seja qual for o nome.
Não vou além das minhas chinelas e não indico ninguém. Só alerto que, ao contrário do que pensam alguns torcedores, Tcheco não é a solução. Pode servir para um período-tampão de dois ou três jogos, mas contra ele pesam alguns fatores. Um é o de estar no mesmo grupo que formou esse time mal qualificado, não me parecendo tenha autoridade para se impor perante os jogadores. Outro é que não vejo nele qualidade de líder, requisito essencial para embalar o time na dificuldade que enfrentamos. Por fim, o seu lado emocional muitas vezes parece um tanto instável, o que é desaconselhável em momento de crises.
Importante que venha um profissional que saiba tirar leite de pedra e possa fazer com que os nossos jogadores joguem cientes da suas limitações, com padrão tático e disposição. Mais não dá para exigir desse grupo.
A direção está como o soldado que tem uma única arma, com apenas uma bala na agulha, e se vê defronte um inimigo contra o qual não pode errar o tiro. Vamos torcer para que acerte. Não haverá mais tempo e nem oportunidade para salvar o ano.
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