Bola de Couro
Mais uma vez, tal como aconteceu nos últimos seis anos, estamos à beira da confirmação de um fracasso com a quase certa queda para a série B.
A esta altura, depois de assistir aos quatro últimos jogos do Coritiba, é muito difícil ter esperança. O time não inspira confiança e a tabela é adversa.
Quem assistiu aos dois últimos jogos viu um time sem um mínimo padrão tático, que não sabe fazer jogadas básicas como a triangulação, parecendo que só conhece duas estratégias, um chutão para a frente pelos zagueiros ou uma bola atravessada de um lado do campo para o outro, passando pelo meio e com risco de ser interceptada como normalmente ocorre. Mais do que isso não se vê. Em jogadas do meio de campo para a frente, raríssimas vezes a bola passa três vezes nos pés dos nossos jogadores sem ser perdida antes.
Hoje, para agravar esta falta de um padrão de jogo e de jogadas treinadas, o técnico, medroso, quis garantir o resultado deixando o time sem criação – Alan Santos é volante, mas cria - com o ingresso de um quebrador de bola (Edinho) e em seguida daquele que é a imagem que simboliza a decepção que é o time nesta temporada, o Galdezani que, além de nada fazer de produtivo, ainda conseguiu o gol da virada do adversário.
E quem assistiu ao Coritiba neste ano também viu que temos um elenco fraquíssimo, com jogadores que jamais poderiam vestir a camisa de qualquer time integrante da série A. Alguns nem sequer matar a bola muitas vezes conseguem (de novo o Galdezani, com a companhia do Léo), outros não têm regularidade, como Werley e Rildo, há os que dificilmente tocam na bola – Henrique Almeida – enfim, a lista parece interminável e há ainda os que não têm interesse em defender o Coritiba (Alecsandro e Anderson), só sobrando o Wilson. Só se destacam os nossos atletas no quesito indisciplina, pois o Coritiba está entre os times cujos jogadores mais somam cartões, em média quase três por jogo, com sucessivas suspensões. Certamente neste enfoque estamos no G4.
Então amigos, o que dizer de mais um fracasso, grave porque nas vésperas de terminar o campeonato. Dá para ter alguma esperança? Sei, enquanto houver possibilidade matemática podemos ter alguma esperança. Mas subjetiva e objetivamente é muito difícil. Enfrentaremos um adversário que em sua casa é muito forte e terá interesse no resultado, enquanto o nosso time não dá mostra de merecer confiança. E ao mesmo tempo dois dos nossos oponentes diretos têm jogos em casa, um deles, o Sport, contra um Corinthians desmotivado e sem qualquer interesse e o outro vem crescendo na reta final, exatamente o oposto do Coritiba. E o adversário do Avaí nada mais terá a disputar pois garantiu a sua vaga para a Copa Libertadores.
Francamente, não acredito em reversão, será muito difícil, quase improvável. Mais fácil torcer para tropeços dos adversários do que ter esperança no nosso time.
Ah, e torcer para que nas próximas eleições os associados do Coritiba sejam felizes e não elejam mais o mesmo modo de pensar pequeno que vem comandando(?) o clube. Na primeira ou na segunda divisão, no próximo ano só uma revolução real poderá mudar a história do Coritiba e refundar o clube. A se manter o mesmo modo de pensar e agir dos últimos anos não deveremos ter esperança, nem imediata e nem remota e dias terríveis se anunciam.
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