Bola de Couro
Costumamos manter posturas iguais na vida e o fazemos por convicção de que são acertadas. Mas se com o passar do tempo sentirmos que nossas posturas não são adequadas e até inconveniente para outros, se as mantivermos isso será nada mais do que teimosia.
É o que vejo no Coritiba na relação Morínigo e Robinho.
Não é possível que o nosso treinador ainda não tenha visto que o Robinho quase nada – ou nada mesmo, como ontem – produz. Se arrasta em campo, parece não ter forças nem para cobrar um escanteio como vimos no jogo contra o Atlético-GO. Não tem condições físicas e, em decorrência disso, não tem condições técnicas.
Incompreensível a insistência, que parece ser nada mais do que teimosia. Se o Tony Anderson não está ainda em condições de jogar, duvido que o Regis ou o jovem Biel, ou ainda o Galarza possam ser piores do que o Robinho. Pelo menos melhores condições físicas devem ter.
Como contra fatos se diz que não há argumentos, vamos a alguns dados exemplificativos:
-Vitória do Coritiba contra o Goiás, a nossa melhor apresentação no campeonato: Robinho não jogou.
- Derrota para o Santos: Robinho começou jogando.
-Derrota para o Avaí: Robinho começou jogando.
- Vitória contra o América-MG: atuação do time caiu após a entrada do Robinho, quando tomamos "sufoco" de um time que tinha um jogador a menos.
-Derrota para o Atlético-GO: Robinho jogou quase todo o tempo.
E ontem a teimosia do Morínigo também se sentiu no desenrolar do jogo.
Se o Mateus Alexandre (que um dia joga bem e no outro mal) estava fracassando, sendo o autor da perda de bola que gerou o primeiro gol do Atlético-MG, como entender a manutenção do Warley no banco de reservas não fazendo a substituição no intervalo?
Igualmente com o Egídio – que também tem momentos maravilhosos aliados a outros péssimos – por cujo lado o ataque do adversário infernizava a nossa defesa. Biro, que mesmo que não seja “nenhuma Brastemp”, não teria sido mais útil desde o início da segunda etapa?
Não posso deixar de registrar uma palavra sobre o baixo rendimento do Igor Paixão. Claro que todos jogadores têm um dia ou outro de jornada ruim, por melhores que sejam, mas ele, que já foi relativamente mal contra o Avaí, ontem teve uma performance muito abaixo do seu potencial. Espero que o brilho dos futuros Euros não tenha mexido com a sua mente. Acredito que se tiver um bom conselheiro que coloque os seus pés no chão, logo voltará ao futebol que vinha nos encantando.
E o Andrey? Como esteve mal ontem. Também espero que tenha sido o seu dia fora da curva, mas ficou devendo muito.
Preparemo-nos para enfrentar um adversário muito difícil, o Botafogo, que não sem razão está entre os primeiros colocados, ocasião em que teremos que testar uma nova zaga, uma incógnita. Espero que até lá o Tony Anderson tenha condições de jogo e que o nosso treinador, competente, mas erra quando é teimoso, veja os atletas que não têm condições de iniciar jogando. E se somos mesmo um time caseiro como o campeonato até agora mostrou, vencer aos cariocas tornou-se obrigação. Se voltarmos a jogar com em alguns jogos anteriores, temos plenas condições de superar o alvinegro carioca e alcançar recuperação. Confiemos.
Será que desta vez teremos uma carta do Renê Simões para a torcida?
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