Bola de Couro
O que dizer de um Coritiba que fica em nono lugar em um campeonato disputado por doze clubes? A segunda vez na história que dá um vexame assim – em 1988 ficou em décimo primeiro lugar.
O que dizer de um time que em um campeonato de baixo nível, como está sendo o estadual, venceu apenas quatro jogos e perdeu cinco?
Como explicar para a torcida que a esperança que tivemos no início deste ano está se desvanecendo na primeira disputa?
O que esperar desse time na Copa do Brasil e na série B que logo se inicia, se até pelo modestíssimo Rio Branco de Paranaguá fomos derrotados? E merecidamente, diga-se.
Como acreditar que esse time ainda possa nos dar alguma alegria? Não vou analisar as apresentações dos jogadores na partida de hoje, todos muito mal, mas apenas referir que se o Rafinha se destaca no time é porque em terra de cego quem tem um olho é rei. Mas outro dia falo sobre isso.
E como entender que o planejamento do Coritiba preveja composição por um diretor-geral, sete diretores e vinte e sete coordenadores – muito cacique para pouco índio – que deveriam ter sabido fazer contratações com os métodos científicos tão referidos pelo presidente Follador?
E o presidente Follador, a quem muito respeito e admiro, sem que com isso fique sem isenção para apontar o dedo e cobrar quando é necessário como agora, está incorrendo no mesmo erro do seu malfadado antecessor, qual seja o de confiar a administração do futebol para um profissional contratado que, por melhor currículo que possa ter, não tem compromisso com o clube e a sua história e não soube montar um bom time. (Sabemos todos das dificuldades financeiras do clube, que se sucedem há anos, mas um bom diretor de futebol deve ter “olho” para descobrir promessas contratáveis sem gastar muito). Em uma moderna administração de uma entidade média ou grande delegar é necessário, mas sem com isso perder o controle e ter a palavra final.
Espero que a direção, em especial o presidente, venha a público mostrar o que pretende fazer – em curtíssimo prazo, pois a série B está a poucos dias – para nos dar algum alento. Que não seja esse momento a terra arrasada a que se referiu o presidente na campanha.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)