Bola de Couro
Mais uma apresentação pífia e deprimente do time do Coritiba. Mais um resultado obtido por força do acaso e não por méritos próprios. Mais um capítulo da novela que toda semana faz a torcida do Coritiba sofrer e não ver perspectivas.
A ruindade do time, em todos os aspectos, exceção feita ao Wilson, justifica o título da coluna. É um time homogêneo na ruindade, pois todos os demais atletas que o compõem não merecem a qualificação de jogadores de futebol com capacidade para jogar em qualquer time da divisão de acesso, menos ainda para integrar um clube que já foi grande como o Coritiba.
Hoje, assim como em outros jogos, só uma ou duas vezes o time tocou três vezes na bola na mesma jogada. Hoje, assim como em outros jogos, os supostos jogadores de futebol que compõem o elenco protagonizaram lances bizarros, tal como o Simião chutando o ar em lugar da bola e o Leandro Silva medrosamente preferindo obter um lateral de modo a deixar o adversário com a bola. Hoje, mais uma vez, o Júlio Rusch mostrou que nos enganamos muito supondo que fosse um bom jogador. Chegamos ao ponto de ver o João Paulo – vejam, o João Paulo! – entrando melhor do que o seu colega substituído, o que não é vantagem alguma.
Pois não fosse um erro grosseiro do adversário e não teríamos obtido nem mesmo o empate, uma vez que afora o lance do gol criamos apenas uma oportunidade real. Nossos supostos jogadores conseguem errar passes quando estão a poucos metros do companheiro ou mesmo quando não têm adversários a acossá-los. A única jogada que parece que sabem fazer um pouco melhor é atrasar a bola para o Wilson, talvez tentando que ele a reponha colocando alguém em boas condições.
Faço um desafio aos amigos. Quem, dentre os atuais jogadores do Coritiba pode ser considerado um jogador de confiança e dar esperança de que as coisas melhorarão?
Não vale citar o Wilson e nem dizer que este ou aquele com um bom companheiro ao lado poderá render mais (o Alisson Farias entrou bem, mas não pode ser avaliado pela participação em apenas metade do jogo, embora possa trazer alguma esperança). Na minha ótica, nenhum dos atuais jogadores têm condições de jogar no Coritiba e nos dar esperança de sucesso. Pelo que vimos até agora, talvez possamos voltar à série A apenas por força do nivelamento geral na mediocridade dos demais times. Mas se isso ocorrer e a filosofia de trabalho que reina no Coritiba continuar, e o elenco atual for mantido, ainda que em parte, muito provavelmente no próximo ano nosso papel será novamente o de tentar evitar mais um rebaixamento.
A situação do Coritiba neste campeonato é muito ruim, e uma obviedade dizer isso. Até agora jogamos contra times que estão do meio da tabela para o fim e quando vencemos foi muito mais pelo acaso do que por bom futebol. Chegamos a perder um jogo (contra o Sampaio Correa, a esta altura na zona do rebaixamento), em partida na qual não criamos nem uma única oportunidade de gol.
Mas quem sabe, considerando que ainda vamos enfrentar os “grandes” da série B, o técnico prepara o time para jogar na retranca e tentar surpreender o adversário? No quadro atual nós somos o time – não o clube – pequeno, e como tal devemos jogar. Parece o único caminho considerando o elenco. Do contrário, quando enfrentarmos adversários que não tem a desqualificação de Boa, Sampaio Correa e Oeste, poderemos sofrer derrotas humilhantes.
Dizem que para quem não tem esperanças a vida perde o sentido. Mas como ter esperança, diante do que vemos?
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