Bola de Couro
Depois de uma longa e sofrida série de derrotas, enfim vencemos.
Sem convencer, mas pelo menos não amargando mais uma derrota que nos colocaria em posição muito difícil na tabela. Sim, os pontos é que ao fim e ao cabo foram importantes, mas ao final do jogo eu – e suponho que muitos também – não tive um grito de comemoração, mas um suspiro de alívio.
Foi um jogo de poucos destaques, talvez para Diogo Mateus, Sabino e Robson, mas no mais com as deficiências de sempre. Juan Alano alterna bons e maus momentos no mesmo jogo, às vezes com segundos de diferença, Giovani continua a parecer não comprometido e no lado esquerdo definitivamente não temos ninguém, pois se estava ruim com o Willian Mateus, com o Patrick Brey ficou pior. Foram frequentes os ataques do América pelo lado direito em que não se via o Patrick Brey na jogada, obrigando outros a intervir.
Kelvin nada mostrou, ainda temos que dar um período (pequeno) de carência para sentir se foi boa contratação. Rodrigão parece que desaprendeu a se colocar bem e até mesmo a passar a bola fazendo o “pivô”, jogada que não mais acertou.
E não podemos negar que desta vez os acasos nos favoreceram. De um lado em face do erro do goleiro do América que permitiu o gol do Robson e de outro na marcação do pênalti que originou o nosso segundo gol, penalidade inexistente tanto por não se tratar de falta como por ser lance fora da área. Aconteceram duas penalidades não marcadas, mas uma para cada time, de modo que esses erros não influíram no resultado.
Mas futebol tem disso, um dia a banca paga no outro recebe. Muitas vezes sofremos derrotas e empates por causa de má arbitragem e muitas vezes fomos derrotados ainda que praticando bom futebol. Só que isso é consolo e não incentivo ou esperança. Time bom quase sempre quando vence convence. Hoje vencemos, mas não convencemos e muito ainda tem que ser feito.
De qualquer modo, vamos ver o que o Jorginho pode oferecer para os próximos jogos. Acho que continuar a jogar com três atacantes é temerário. De nada adianta se não houver quem prepare a jogada, isso é primário no futebol. Hoje fizemos os gols, foi fundamental, mas além deles não tivemos nenhuma jogada daquelas que arrancam um “hu” da torcida por ser quase um gol.
Uma palavrinha final para o cartão amarelo recebido pelo Alex Muralha. Há tempo os goleiros vêm se contorcendo a cada defesa difícil que fazem quando o seu time está ganhando, tentando fazer o tempo passar. Estava na hora de começar a reprimir isso. A encenação do Muralha foi tão mal feita, que me pareceu justo que ele tenha sido o primeiro a receber advertência pela prática, embora isso possa nos custar cargo. Agora teremos que ver como se sairá o Rafael Martins contra o Paraná Clube. No ano passado. quando entrou no time não despertou confiança. Preocupa o fato de não aparecer no elenco do Coritiba outro goleiro profissional, o que indica que algum da base deverá figurar como reserva no próximo jogo.
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