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Bola de Couro
Ao contrário do título da matéria do Coxanautas sobre o jogo contra o Corinthians, penso que o ano de 2023 não pode ser esquecido.
A direção do clube e os seus novos donos têm que ter em mente os tantos erros que praticaram para não mais cometê-los. Como disse o Renato Russo, motivo de arrependimento é não aprender com os próprios erros.
Uma coluna seria pouco para registrar os erros que nos levaram a perder o campeonato paranaense em meio à competição, a passagem rápida pelo Copa do Brasil e mais um rebaixamento com o time figurando entre os últimos desde a primeira rodada. E nem no campeonato feminino tivemos sucesso.
O primeiro grande erro, sem dúvida foi na montagem do elenco. Bruno Viana, Luan Poli, Fransergio (contrato até 31/12/2026!!), manutenção do Henrique (que fez muito pelo clube, mas em eras passadas), renovação do contrato com o Willian Farias, Samaris, Jessé e tantos outros.
O segundo foi quanto à indefinição e segurança em relação ao técnico. Dispensou o Guto Ferreira (que não é nenhuma Brastemp) e trouxe um português arrogante, depois um zagueiro aposentado que não conquistou nenhuma vitória, e por fim o Tiago Koloski, ainda “verde” para ser técnico.
Terminamos o ano com a pior marca em campeonatos nacionais, o pior time da história em considerando os resultados, embora tenha sido o ano em que mais se investiu em contratações. Por isso, se quem dirige o Coritiba quiser corrigir marcadamente os rumos para 2024, há que se ter em mente o fracasso total deste ano para não repetir os mesmos erros.
Nunca imaginei que uma gestão pudesse se igualar ao desastre que foi a do Samir Namur. Tem responsabilidade por isso não só a SAF mas também o conselho administrativo, que até a chegada daquela comandava o clube. Ainda estou esperançoso que a SAF dê bons frutos, mas acho difícil isso se continuar com o Arthur no comando do futebol, usando o clube para compadrio, contratando veteranos amigos que já estavam até abandonado o futebol, enfim, com percentual de erro altíssimo.
Mas como torcedor fiel há quase setenta anos, vou continuar esperançoso, afinal, o sentimento de esperança é o último que morre, se diz. Espero somente que eu ainda veja um Coritiba grandioso nos meus últimos anos de vida.
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13 Ver todos os comentáriosO nome “Bola de Couro” serve para revelar a geração do autor, que acompanha o Coritiba desde o tempo em que elas eram efetivamente de couro natural, e não sintéticas como hoje. Além de estar atento ao futebol moderno, especialmente graças à tecnologia que tornou o mundo uma aldeia global, o blog de vez em quando trará algumas reminiscências das tantas glórias de que o Coritiba é coberto e que estão mais na memória de cada um do que em imagens físicas, atendendo também a um nicho da “velha-guarda” de Coxanautas que se manifestou desde a primeira coluna do autor. Mas todos, de qualquer geração, serão bem-vindos a colaborar e criticar em espaço que se pretende democrático.
Benedito Felipe Rauen Filho, conhecido como Felipe Rauen, é coxa-branca de terceira geração, pois tanto seu avô como seu pai também o eram. Em parte da infância e da juventude morou na rua Maria Clara, a cem metros do estádio do Coritiba, do qual desde casa sentia o "cheiro". Transferiu residência para o Rio Grande do Sul em 1976, onde iniciou carreira como Juiz de Direito, hoje aposentado. Está aculturado naquele Estado em vários aspectos, mas jamais no futebol, pois não adotou time local e torce somente para o Coritiba. É conhecido em todos os círculos que frequenta em terras gaúchas como coxa-branca, conseguindo que inúmeros amigos gremistas e colorados tenham o Coritiba como segundo time ou pelo menos mostrem por ele simpatia. Em 2009 se tornou Cônsul do Coritiba em Porto Alegre, permanecendo por vários anos. Cardiopata, dá trabalho regular ao cardiologista em razão das emoções vividas com e pelo Coritiba, mas tem certeza de que o coração coxa-branca se manterá forte ainda muito tempo para ver o clube alcançar mais e mais glórias.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
