Bola de Couro
Costumo acompanhar as manifestações dos torcedores aqui e nas redes sociais em geral sobre o momento do Coritiba.
São apresentadas em múltiplas vertentes, algumas questionando o elenco, outras o treinador e, em expressiva maioria, queixando-se do agora escondido presidente e do funcionário Augusto “eu sou bom” Pestana, que não sabe montar um elenco minimamente confiável. Há até quem veja o Coritiba se encaminhando para o fim, comparando a sua decadência à de clubes como o Guarani-SP, Santa Cruz e a Portuguesa de Desportos, esta fechando as portas.
Não condeno os exageros e pessimismo de alguns, pois realmente o atual Coritiba nos assusta quanto ao seu futuro (seria esse o futuro que deu nome à chapa que venceu a última eleição?).
Mas ainda que o barco esteja naufragando aos poucos, ainda é possível salvá-lo, assim como os seus passageiros (nós, torcedores).
Para isso a atual direção teria que mudar radicalmente a sua forma de administrar o futebol, finalidade única do clube, já que, quando de tentativa mal sucedida de retirá-la do comando o jovem presidente disse que lutaria ate em juízo para se manter no poder, uma conciliação – a esta altura questionável – o manteve.
Primeiro, ter a humildade que não mostrou nesses mais de dois anos, e buscar socorro e aconselhamento com coritibanos históricos e experientes, até entregando de fato a administração para os mesmos. (Um parêntese. Esse conselho de se cercar de nomes experientes parece que foi entendido no sentido de contratar jogadores veteranos e rodados).
Depois, e isso me parece essencial, afastar o funcionário que nos mandou chorar na cama quando da subida – extraída a fórceps – para a série A. Está mais do que demonstrado que ele não sabe montar um elenco, apostando em nomes já desgastados e sem qualificação técnica. Com muita dificuldade conseguimos o retorno para série A, mas o mesmo aconteceu com o Paraná Clube sob a tutela do mesmo dirigente (é funcionário, mas de fato age como dirigente,) que a muito custo subiu e no ano seguinte fez uma campanha vexatória e hoje, além de amargar a segunda divisão, como consequência está com as finanças mais combalidas do que as nossas.
Anda há tempo. O campeonato estadual é significativo, mas nem de perto tanto quanto as disputas nacionais. Já saímos de uma delas de forma humilhante e não podemos correr o risco de repetir o fracasso no campeonato maior.
Como coxa-branca há mais de sessenta anos faço um apelo ao presidente, uma súplica mesmo, já que ao que parece o seu perfil é de pouco ouvir. Pelo amor de Deus, presidente, dê um murro na mesa e faça uma revolução no departamento de futebol.
Não queira passar para a história como o liquidante da dissolução do Coritiba.
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