Bola de Couro
Ontem o Coritiba fez uma boa partida contra o Avaí, ganhando com justiça e naturalidade.
Após um início que parecia preocupante, quando Wilson foi chamado a fazer uma defesa difícil, aos poucos o time foi se encontrando.
Nossa zaga não foi muito incomodada e tivemos excelentes jogadas pelo lado esquerdo envolvendo Natanael (mesmo improvisado é muito melhor do que o Romário), Rafinha (principalmente) e Léo Gamalho. No meio destaque para o Willian Farias, mas duas outras peças tiveram algumas falhas. Val é absolvido pelo belo gol que fez, mas no mais se mostrou ausente do jogo. E Matheus Sales, que também pode merecer atenuante pois foi dele o passe para o Vaguinho fazer o primeiro gol; no mais, foi o burocrata de sempre, parando a bola, olhando e em quase todos os lances fazendo passes para o lado ou para trás. Assim quase não erra, mas também quase nada acerta e produz e não vejo no horizonte possibilidade de crescimento do time com esse jogador.
Os substitutos que entraram, à exceção do Robinho, quase não disseram por que estiveram em campo. Dalberto pareceu, mais uma vez, que não viu a bola. Valdeci e Jhony Douglas não comprometeram, mas também nada produziram. E o jovem Lucas Nathan, não fosse um belo passe que deu, nada teria feito no jogo.
De qualquer modo, foi uma boa e convincente vitória.
Mas devemos estar atentos ao fato que que o Avaí veio com um time misto, praticamente com reservas, o que provavelmente facilitou o resultado. Ainda precisamos ver o time contra outros adversários e o próximo jogo, contra o Botafogo, servirá para se avaliar se há evolução ou não e se dá para confiar na equipe, a ser aos poucos reforçada. Mas de qualquer modo, para quem há poucos dias empatou com o Cianorte e perdeu para o Rio Branco, sem dúvida houve progresso e podemos esperar mais do time.
A série B deste ano deve ser, em tese, a mais difícil da história, tantos são os clubes com força e tradição que participam. Vencer quase todas em casa e aqui e ali beliscar bons resultados fora é o caminho, não se esquecendo em que haverá jogos nos quais a bravura deverá se sobrepor à técnica.
O caminho será árduo, mas como disse Neruda, “o caminho se faz ao caminhar”. Vamos jogar cada partida como se fosse a final e aos poucos ir caminhando para a conquista, indispensável, pois do contrário não se sabe o que poderá ser do Coritiba se mantido mais um ano rebaixado.
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