Bola de Couro
Ontem, contra o Operário, mais uma apresentação que resultou em fracasso em razão das circunstâncias.
Tratava-se de um jogo em casa, tendo de um lado um time que envergava a camisa de um grande clube e que há alguns anos era o maior do Paraná, e de outro um time do interior. Ainda que este venha se mostrando uma boa equipe, estando em quarto lugar no estadual, sempre a vantagem técnica e psicológica deveria ser do Coritiba pela sua dimensão e por jogar em casa.
Pois assim foi se desenhando o jogo - mesmo sem um primor de apresentação - facilitado pela expulsão de um zagueiro adversário ainda no primeiro tempo, até que, após o intervalo, voltando do vestiário vencendo por 1 x 0, o time se apequenou, tratando de procurar “administrar” a partida e não de defini-la. Como a sorte não ajuda aos medrosos, quando a partida se encaminhava para o final falhou a zaga e principalmente o Wilson e foi tudo por água a abaixo e deixamos de marcar mais dois pontos em casa pela segunda vez.
Mas vamos ainda ter esperança, embora só dela vivamos nos últimos anos. Quem sabe o time se mostrará melhor com o retorno do Nathan Ribeiro, se o Rodolpho, o Renê Jr. e o Sassá se afirmarem e se o Galdezani se desta vez mostrar que não será a estrela cadente de 2017. Não conto ainda com o Giovani Augusto, por quase nada saber sobre ele, nem com o Jadson, se vier, por não se saber se está em forma física e técnica. Mas na medida em que esses podem dar alguma esperança, já passou da hora de deixar de lado o Thiago Lopes e o Nathan, cujas saídas seriam reforços.
O DAZN.
Assinei o DAZN para assistir ao campeonato paranaense. Suponho que a empresa tenha interesse em saber a opinião dos que têm assistido aos jogos, e aqui vão minhas observações.
Nos três primeiros jogos houve falhas na transmissão, com interrupções do sinal, ainda que rápidas, mas ontem foi perfeita, o que indica que o aplicativo corrigiu o problema de sinal.
Quanto ao material humano, gostei muito das narrativas e comentários dos jogos. Ontem uma surpresa, uma mulher na transmissão, um pioneirismo que poderá ser marcante. No tocante a acompanhar o ritmo do jogo e saber narrar ela se saiu bem, tem potencial e talvez seja um marco de conquista feminina na área. Vamos observar.
Porém, ela precisa conhecer o futebol paranaense, especialmente os clubes da capital. Ontem iniciou chamando o nosso time de CUritiba, embora tenha acertado logo depois. Lendo a mensagem de um espectador, disse que ele era “de Pilzarzinho”, o que parece indicar que pensou que se trataria de uma cidade, pois nome de bairro se refere com o substantivo masculino. Depois, afirmou que o Operário nunca fora campeão estadual, embora o seu título seja ainda recente, o que corrigiu em seguida, provavelmente alertada pelo comentarista. Por fim, indagou deste último a razão de não estar o Galdezani no banco de reservas, quando todos sabem da sua lesão, fato que qualquer jornalista esportivo deveria saber.
E quanto à jovem repórter, convém que seja alertada para ficar mais atenta e não perder tempo com comentários irrelevantes. Para dar um exemplo, ontem, no momento em que o comentarista falava sobre a expulsão do zagueiro do Operário, entrou para dizer que um torcedor e dirigiu ao banco de reservas para pedira ao Sassá a sua camisa. Mas logo depois, quando de uma substituição, a narradora perguntou quem estava saindo, e ela disse que iria conferir, embora a placa já tivesse sido levantada com a indicação. O que importava mais ao espectador?
Esses apontamentos não as desmerecem, mas mostram que precisam aperfeiçoar trabalho.
De qualquer modo, o resultado é positivo.
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