Bola de Couro
Finalmente a direção do Coritiba se convenceu do que já alertávamos aqui há algum tempo. O furo do casco do nosso navio era o “head” desportivo, Lucas Drubscky, que desde o final do ano passado vinha gerenciando as contratações de jogadores.
Não é preciso subjetividade para mostrar que ele foi incompetente. Basta lembrar dos nomes de Robson (e ainda pagando para tê-lo), Potker, que era reserva em clube da série B, Bruno Vianna, contratado a peso de ouro, e o mau negócio quanto ao Kuscevic. Quanto a este, não que esteja no baixo nível daqueles, mas na negociação do Coritiba teria aberto mão dos 20% que detinha sobre os direitos federativos do Raphael Veiga, que a qualquer hora estará sendo negociado para exterior por alguns milhões de euros. Poderia incluir na lista o Rodrigo Pinho e Júnior Urso, mas vamos parar por aqui os amigos leitores devem ser os seus “preferidos”.
Transcrevo a opinião de um leitor (costumo ler todos os comentários, que muitas vezes me ajudam ou fazem refletir), o Celso Tauschek: “Como pode gastar quase 40 milhões para montar um time fraquíssimo como o atual que não consegue fazer uma única partida decente e ainda ter uma média salarial de 250K que não é difícil de presumir que há jogadores recebendo mais de 400K por mês que estão se arrastando em campo?”.
Isso sem esquecer que foi o Drubscky quem trouxe o Antônio Oliveira e submeteu-se às suas indicações para compor o elenco. Segundo o sedizente treinador, 90% do elenco novo teria sido sua indicação.
Mas, enfim, o erro foi corrigido ainda em tempo de salvar o ano e a direção merece reconhecimento por saber não persistir no equívoco.
Só não sei se com o atual elenco ainda dá tempo de fazer o time jogar o que não joga desde muito até a abertura da “janela” de contratações em julho.
Até lá, segundo penso, o Coritiba tem que jogar de modo racional, como time pequeno (atenção, não estou dizendo que o clube é pequeno e sim o time atual). Arrumar a defesa que tem a mania de tomar uma média superior a dois gols por partida, jogar fechado reconhecendo as suas limitações e tentar que um ou dois lances possa decidir a partida em nosso favor. O cenário é este, em que pese seja difícil dizer isso diante da história e tradição do Coritiba e da nossa permanente expectativa de sucesso há muito não correspondida.
Desde já alguém tem que trabalhar na prospecção de bons jogadores e encaminhar a negociação para consumá-la em julho. Quem o fará ainda é uma incógnita, mas o noticiário indica que serão o ex-goleiro Artur Moraes e o ex-CEO do Grêmio Carlos Amoedo. Que eles tenham sorte e principalmente competência para ainda em tempo qualificar o elenco e fazer o time crescer no campeonato.
Aguardemos essa providência e com ansiedade o anúncio da SAF, que parece ser um bom caminho no futebol moderno, mas vou com cautela e deixar para comentar depois que os termos da negociação forem oficialmente revelados.
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