Bola de Couro
O Coritiba vive um dos seus piores momentos na história. Rebaixado vergonhosamente para a série B, derrotado na primeira partida da Copa do Brasil para o “temido” Águia de Marabá” e agora fora da disputa do campeonato estadual ao não passar pelo modesto Maringá.
E isso tudo depois de dez anos de insucessos nos quais ou escapamos de rebaixamentos por um triz ou fomos rebaixados tal como aconteceu em 2017, 2020 e 2023, com a conquista de tão somente dois estaduais (2017 e 2022), lembrando que até então o Coritiba conquistava em média um título estadual a cada três anos.
A torcida, tanto quanto triste e decepcionada, está também desnorteada, pois nem sabe contra quem protestar salvo contra o frágil treinador e o pomposo CEO da Saf. No mais, nem mesmo sabemos quem mais tem voz de comando, e nos limitamos aos gritos de “fora Guto” e “fora Amodeo”. Sabemos apenas que pode ter alguma voz na administração o membro indicado pelo clube, no momento o ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, mas com poderes um tanto limitados ou até inexistentes em grande parte dos assuntos.
Estamos, então sendo praticamente comandados por seres invisíveis, diretores que nem seus nomes conhecemos, e que não vêm a público para dizer o que pensam, o que fazem e o que pretendem fazer, a não ser pela voz do já referido CEO Amodeo.
Bem, mas não podemos nos quedar calados, reagindo somente com vaias e gritos de “fora todo mundo”. Alguém tem que falar por nós.
E é aí que penso deva entrar a figura do ex-presidente Vilson, pois se o assento que lhe cabe na administração é pequeno, pode ele torná-lo grande levando os anseios da torcida para os engravatados que nos comandam, dando um verdadeiro murro na mesa, dizendo que chega de omissões e fracassos, não foi para isso que nos transformamos o clube em SAF.
Ah, mas ele não tem poderes para tanto, dirão alguns. Sim, mas carrega nas costas história com o Coritiba, foi indicado pela direção do clube e pode mudar o seu papel quase sem poderes em liderança e influência. Do contrário, se se omitir, continuaremos sob o comando e visão daqueles que até agora se mostraram fracassados.
A mudança no Coritiba não pode se limitar a mudanças no elenco e comando técnico. Tem que ser mais profunda, a partir da mudança de postura e até de nomes no Conselho de Administração da SAF. Esta não pode ser uma entidade natimorta como até agora está parecendo ser. Teve um ano para apontar pelo menos um horizonte para o Coritiba, mas nada se conseguiu ver até agora. Por isso não vejo caminho, no momento, do que um “murro na mesa” para exigir mudanças.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)