Bola de Couro
Tivemos uma boa vitória ontem contra a Chapecoense. Até é redundante dizer que uma vitória foi “boa”, toda o é.
Diante do momento em que vivíamos há poucos dias, e do qual ainda não nos afastamos por completo, sem dúvida foi muito importante o resultado. Mas devemos manter olhar cauteloso, pois se de um lado agora estamos a três pontos da zona dos classificáveis para a Copa Libertadores, a nossa distância para a zona do rebaixamento é de seis pontos e tudo pode ser mudado, para o bem ou para o mal, em dois ou três resultados e o caminho ainda é longo e difícil. Claro, estamos mais perto do primeiro objetivo, o que é muito bom. Mas como gato escaldado tem medo de água fria, ou cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça, vamos procurar ter olhar positivo, mas sempre com um olho no peixe e outro no gato (abusei das figuras de linguagem, sei).
Pode-se argumentar que os dois últimos resultados foram contra dois adversários fracos, o São Paulo na zona do rebaixamento e a Chapecoense quase lá e ontem com um time misto. Não é bem assim. Primeiro porque a vitória contra o São Paulo aconteceu em momento em que precisamos superar estado psicológico negativo e mostrar equilíbrio emocional diante do maior público do campeonato brasileiro, quando não nos amedrontamos. Depois, se a Chapecoense não é a mesma equipe de outros campeonatos, também não é de “matar com a unha” (há duas semanas venceu ao Vitória, em Salvador) e poucos dias antes tínhamos sido derrotados em casa por uma equipe tida como fraca, o Atlético-MG.
Há quem diga que a tabela nos é favorável para os próximos jogos, Atlético-Go, Santos e Vitória (os dois últimos em casa), sem contar o sempre indefinível atletiba. Não é bem assim. Tabela boa quem faz é o time com os resultados. Em tese, em tese repito, só o Atlético-Go poderá não oferecer maiores dificuldades. O Santos está muito forte, dentro ou fora de casa, e o Vitória parece estar em recuperação. Então,o nosso time é que poderá fazer com que a tabela seja boa. Em princípio, considerando o fator de dois mandos em casa, são jogos para almejar seis ou sete pontos e então sim poderemos dizer que o medo está acabando e o sucesso se aproxima. Aguardemos.
Sobre a segunda parte do título da coluna, justifico. Foi um jogo de raríssimas emoções, poucos lances decisivos, no qual nem mesmo advertências com cartões algum atleta sofreu. Um jogo com poucos “melhores lances”. Mas isso pode importar para quem assiste como futebolista não-torcedor. Para nós, o que importou foi o bom resultado.
Um bom Dia dos Pais para todos, antecipado no sábado, espero.
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