Bola de Couro
Depois de muito tempo conquistamos uma vitória realmente convincente e, o que é muito importante, deixamos seis clubes (até a hora em que escrevo), atrás de nós.
Vencer nesse domingo era fundamental, não só para avançar na tabela de classificação como para sentir se o time está evoluindo e ganhando confiança, o que se viu que aconteceu apesar do susto propiciado pelo “inimigo na trincheira” da equipe. Mesmo assim o time soube dominar possível nervosismo e reverter com personalidade o placar adverso, o qual só não ampliou por um capricho da bola que preferiu acertar a trave.
Muitos se saíram bem no jogo e somente um comprometeu e poderia ter posto tudo a perder não fosse o espírito de recuperação dos seus companheiros.
Raphael Veiga e Dodô se destacaram e o Iago, além de ter jogado bem ainda que atuando por pouco tempo, só pelo gol que fez (um dos mais belos do campeonato) merece citação como o segundo maior destaque da partida. Mas, claro, penso que haverá quase unanimidade entre os amigos leitores, não há como deixar de dizer que o grande destaque foi o Kléber. Além de ser dotado de muita técnica, tem marcante dedicação, é realmente um daqueles poucos no futebol mercantilista de hoje que joga mesmo com amor à camisa (na repetição do lance do gol com que o time do Santos foi presenteado dá para ver a sua grande irritação). Kléber mereceria uma coluna inteira, de tão importante que tem sido para o Coritiba. A partir deste ano ele passou a ser outro gladiador. Continua a lutar, porém pela bola e para vencer. Parou com as jogadas desleais que antes o marcavam e estavam levando os árbitros à má vontade. E tratou de só procurar fazer gols, sendo um dos principais artilheiros da temporada no país.
Mas quanto ao João Paulo, haja paciência. Se eu fosse buscar nas colunas que escrevi e no noticiário em geral referências às tantas más atuações do João Paulo, considerando-as somente a partir do primeiro atletiba do ano passado, quando um erro bisonho dele permitiu um gol ao adversário, meu trabalho seria somente o de copiar e colar. Mas que jogador ruim! Se ao menos ele fizesse para os companheiros de time um passe tão bom quanto o que deu para o atacante do Santos. Um por jogo que fosse! Imaginava eu que o Carpegiani não se submeteria ao que parece uma obrigação no atual Coritiba, qual seja a de sempre escalar o indigitado, mas não. Continuou o novo técnico a abusar da nossa paciência. Torço para que finalmente ele tenha visto que não há boa vontade e nem padrinho que justifiquem a escalação do se dizente jogador.
Ao Carpegiani devemos dar todos os créditos possíveis. Necessitamos muito que ele se dê bem. Sabemos que o seu histórico no Coritiba não é dos melhores, mas é de se esperar que tenha evoluído – afinal, passaram-se tantos anos - e volte a ter sucesso. Sem dúvida o time melhorou muito a partir do seu comando, conquistando sete pontos em três jogos e voltando a vencer em casa, deixando a torcida esperançosa por melhores dias. O caminho é difícil, o time deverá sofrer alguns tropeços normais no futebol, mas importante é que saiba manter regularidade crescente, subindo dois degraus para cada um que eventualmente retroceda. A boa sorte do Carpegiani será a nossa. Estamos torcendo por você Carpegiani. Mas capriche. A nossa torcida tem sofrido muito nos últimos anos e paciência não tem sido a sua maior virtude.
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Fiquei devendo um texto sobre a questão do fundo de investimento previsto para a construção do possível novo estádio. A questão é muito delicada, merece muita cautela e não tive tempo de ler a legislação a respeito. Logo que puder tratarei do tema.
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