Bola de Couro
Unidos venceremos?
Nos últimos dias passou-se a falar, embora não com muita intensidade, em chapa única para a próxima eleição do Coritiba, visando ao mandato 2021/2023.
De acordo com o que tem transitado, a partir de iniciativa do atual presidente estaria sendo gestada uma composição entre três grupos, o do Follador, o do Luiz Carlos Betenheuser e o da atual direção.
Há quem veja com bons olhos isso, sustentando que o Coritiba não pode mais se manter com brigas internas nas quais se confundem e se alternam dirigentes e associados que ora são situação e ora oposição.
O ditado popular diz que a união faz e força e que melhor um mau acordo do que uma boa demanda. São ditos que têm razão, a experiência mostra, mas nem por isso verdades absolutas. União e pacificação sempre é bom, mas vamos com cuidado aqui.
Uma união total, que abarque o atual presidente ou alguém por ele, seria um prêmio, um reconhecimento de aparente e inexistente sucesso da gestão, que sabemos foi e está sendo um fracasso. Times mal formados, décima colocação na série B de 2018 – um dos campeonatos mais fáceis da história – desclassificação sumária na Copa do Brasil, subida para a série A na bacia das almas, perda de campeonatos estaduais para o time de aspirantes do rival e quase nenhuma esperança de que com o atual plantel possamos pretender algo no campeonato nacional da série A que não lutar para evitar outro rebaixamento. Não esquecendo que pela primeira vez na história do Coritiba um presidente teve contra si um pedido de impeachment, do qual se livrou por decisão do Conselho Deliberativo, mas o fato não deixa de ser algo marcante na sua biografia.
Penso saudável um acordo entre as correntes, mas tudo tem limite. Fazer com que a atual gestão seja incluída na composição a mim soa como algo inaceitável. Acredito que, tal como ocorreu na penúltima gestão, em poucos meses os diretores estariam se digladiando internamente e talvez alguém abandonando o posto e o Coritiba repetiria os erros dos últimos tempos.
Como dizia Millor Fernandes “certas coisas são amargas, se a gente as engole”.
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