Bola de Couro
O futebol nos apresenta fortes variações de emoções. Ora o nosso time faz uma partida horrorosa e ora uma primorosa.Ora estamos abatidos e ora entusiasmados.
Assim aconteceu com o Coritiba e o título da minha coluna de hoje é o antônimo da última, onde mostrei que, embora vencesse, o time não convencia.
Pois ontem, contra o Guarani (que nos deve muito desde 1991), lá em Campinas, não só vencemos como tivemos uma atuação convincente, lúcida e consciente.
Natanael fez uma das suas melhores partidas no Coritiba, se não a melhor. A zaga, fortalecida pelo Henrique – talvez a melhor contratação da temporada – soube enfrentar bem o desespero do Guarani para empatar. No meio, em especial com a primeira formação – Willian Farias, Robinho e Gustavo Bochecha – o time soube cadenciar o jogo e atuar de modo consciente em face das suas limitações (e sem sentir falta do Rafinha). E na frente surpreendeu-me o Igor Paixão, dessa vez sem o jeito “peladeiro” de jogar, não só ajudando a fechar o seu lado de campo como sendo rápido nos contra-ataques. Ah,e o Wilson sempre com defesas decisivas e desta vez sem aparentar o mau humor que o marcava nos jogos anteriores.
Achei interessante a estratégia do Morínigo ao colocar em campo, ao mesmo tempo, já na segunda metade da etapa final, dois alas por cada lado. Com isso inibiu as subidas do ataque do Guarany e ao mesmo tempo liberou um para atacar com mais segurança. É cedo para dizer que foi uma boa “sacada” do técnico, mas ontem sem dúvida funcionou.
Estaremos desfalcados do Léo Gamalho no próximo jogo, mas pelo pouco que vimos ontem do Willian Alves, talvez ele dê conta do recado.
Enfim, um jogo promissor, que nos permite uma pitada de sonho. Mas sejamos serenos e realistas, é apenas o começo da campanha, muita bola ainda vai rolar. Se o time mantiver a técnica e especialmente a pegada de ontem, poderemos ao final alcançar a tão desejada subida para a série A do campeonato brasileiro. Confiantes, porém, como já disse, realistas, pois nem sempre teremos jornadas felizes como a de ontem, Tropeços podem acontecer, desde que sejam exceção e não regra como em anos passados.
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Continuamos na torcida pela plena recuperação do presidente Follador.
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