Bola de Couro
O ex-treinador Zago, que não deixou saudade, saiu do Coritiba atirando merda no ventilador, dizendo que o nosso plantel era muito fraco e que os jogadores pareciam “umas ovelhinhas” pelo modo como não reagiam em campo.
Ele foi muito criticado – por mim inclusive – não pelo conteúdo da fala, mas pelo momento e local que usou, pois deveria ter feito o comentário de modo intramuros, no vestiário e para a direção.
Mas sabíamos que ele tinha razão. Em coluna anterior, após a aparente reação do time sob o comando do Koloski, observei que a fala do Zago teve o seu aspecto positivo, pois o time estava melhor, tendo obtido nove pontos em doze disputados.
Qual o quê. No jogo contra o Bragantino e ontem, na segunda etapa contra o Corinthians, o time voltou a ser um bando de ovelhinhas, condição agravada pela má qualidade técnica da maioria. Assustaram-se com a pressão sofrida no início da segunda etapa e em cinco minutos já estávamos sofrendo a virada do placar a partir de um erro bisonho do Victor Luís cometido sem a menor seriedade dentro da nossa área.
Sem forças para reagir ainda tivemos uma chance para empatar, mas o Robson, como é contumaz em sua carreira, durante a qual se notabilizou mais pelos gols perdidos do que os poucos marcados, não soube finalizar.
Não temos plantel, o qual só conseguiu vitórias com superação, mas esta desapareceu após o jogo contra o Fluminense. As boas atuações do Henrique e do Robson em um jogo foram pontos fora da curva. O Henrique já deveria ter sido afastado após a falha gritante no atletiba, já foi um bom jogador, mas infelizmente não tem mais condições. O Robson, que por alguns é tido como craque por ser esforçado – chegou a merecer matéria com foto em destaque – se limita a essa característica, e ontem nem isso foi.
E por aí poderia prosseguir, tantos que são os inabilitados, aos quais foram somados às estranhas contratações do período pós-SAF.
A propósito, uma palavra sobre essa última.
Fui um entusiasta da modificação do status do clube – continuar como está era falência certa - e continuo confiando que as coisas irão mudar, certo de que más administrações de dez anos não se corrigem em um mês ou dois. Mas estou com alguma preocupação por ver a qualidade (?) dos jogadores contratados no período pós-SAF e com a iminente negociação do Tiago Dombroski, a qual parece mostrar que há objetivo de lucro imediato, independente de buscar-se uma boa campanha. Espero estar errado, só o tempo dirá.
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