Bola de Couro
A crônica esportiva e os torcedores dizem, com razão, que o Coritiba é “time de pijama”, ou seja, aquele que só se dá bem no conforto de sua casa, tanto que neste campeonato ainda não conquistou nenhuma vitória quando o mando de campo era do adversário.
Como entender a bela exibição do time contra o América, até agora a melhor equipe da segunda divisão, e poucos dias depois o vexame de ontem? Como entender que Frizzo, Vini Paulista e Ronier fizeram uma partida de encher os olhos contra o “coelho” mineiro e poucos dias depois protagonizaram uma exibição de pernas-de-pau como vimos ontem? Qual é o verdadeiro Coritiba, o da semana passada ou o de ontem?
Parece que, além de só saber usar o pijama, quando sai de casa o Coritiba toma Zolpidem (para quem não sabe, um sonífero forte, que só pode ser usado ocasionalmente e sob supervisão médica), pois os jogadores se mostram atabalhoados tal como se estivessem sob efeito colateral do medicamento.
O que temos visto no Coritiba é uma instabilidade técnica e principalmente emocional. O novo técnico não pode ser responsabilizado por ontem, pois quando os jogadores individualmente estavam mal, olhou para o banco e quem viu? Robson e Wesley, entre outros, aqueles dois entrando e se mostrando piores do que os que saíram.
A janela de contratações está aí. Quero crer que o Autuori já tem nomes no bolso do colete de modo a qualificar o time e suprir as deficiências que apresenta. Do contrário, teremos mais um ano de sofrimento, pois mesmo que ganhemos todas as partidas em casa – o que é impossível – a soma dos pontos pode não ser suficiente para o time subir.
Reporto-me à minha última coluna, redigida após a brilhante vitória contra o América, quando lembrei do entusiasmo que tivemos quando Tiago Koloski assumiu o time no ano passado e a decepção que se seguiu. Vamos continuar a torcer e ter esperança, mas sempre com um pé atrás, o time não permite confiança irrestrita.
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