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Gibran Mendes01/10/12, 12h40
Confabolando

A hora da verdade

Dou uma pausa para falar de Campeonato Brasileiro, onde entre trancos e barrancos, ainda acredito que há chance para o Coritiba manter-se na Série A. Hoje abordarei um assunto que evitei ao longo destes anos como pretenso escriba neste espaço público Alviverde. O tema é polêmico: Alex.

O meia criado nas categorias de base do Coritiba anunciou a rescisão do seu contrato com o Fenerbahce. Na Turquia é ídolo, marcou 170 gols, ganhou estátua e escreveu seu nome na história de um dos países cujos torcedores mais gostam de futebol.

Não há dúvida que, falamos de um dos maiores – ou o maior - jogador criado em terras paranaenses. Alex foi um dos grandes injustiçados de nosso futebol. O coloco no mesmo patamar de Rivaldo e outros atletas que não tiveram, pelo menos ainda, o devido reconhecimento pelo que fizeram com a bola nos pés.

Agora, longe da Túrquia, Alex deve voltar ao Brasil. Escolherá um time e encerrará a brilhante carreira nos próximos anos. A imprensa especializada dá destaque para o Coritiba, por óbvio, além de outros times como Cruzeiro e Palmeiras.

Com declarações de amor acumuladas ao longo dos últimos anos, a notícia faz o coração da torcida Coxa bater mais forte. Um time com Alex, Deivid e Keirrison teria tudo para brilhar ofensivamente. Mas – acredito – que ainda falta muita coisa até isso poder acontecer.

Embora seja público e notório os contatos da direção Coxa-Branca com o meia pelo menos desde 2009, ele ainda não anunciou sua decisão oficial, o que dará margem para inúmeras interpretações e especulações nos próximos dias.

A imprensa paulista tentará cravar seu nome no time do Palestra Itália, aquele que venceu sob suspeita a final da Copa do Brasil. Enquanto isso, a imprensa mineira, especulará sua ida para o Cruzeiro, time afinado com o Atlético Paranaense. E nós Coxas? Ficaremos na torcida.

A decisão de Alex é dele e tão somente dele. Não cabe a nós, torcedores, intensificarmos a esperança de vê-lo novamente com a camisa 10 Alviverde, mesmo que esta situação tenha sido alimentada pelo próprio jogador.

A escolha de Alex, provavelmente a última na troca de time, definirá a alegria de uma das três torcidas. Mas também a forma como será visto pela nação do clube que diz amar.

Alea jacta est.

Em tempo: sugiro a leitura do texto de Rodrigo Salvador sobre o episódio da camiseta de Lucas para uma criança ontem. Uma criança...

Gibran Mendes

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