Confabolando
Sem a pretensão de querer ser inovador, afinal trata-se de uma velha discussão ou ainda achar que de fato o Sr. Joseph Blatter seja um assíduo leitor deste espaço, acho interessante trazer uma discussão. Imaginemos um grande negócio, com muitas empresas e bilhões envolvidos, seja na moeda que for. Mas os empresários do setor simplesmente abdicam de utilizar recursos tecnológicos importantes, que deixariam de gerar prejuízos de todas as formas, simplesmente pelo fato de que isso tornaria o negócio menos "charmoso". Algo como a bolsa de valores ignorar a Internet, pois seria algo de que estragaria a tradição do negócio.
Pode soar absurdo, mas não é tanto. Hoje o futebol é um dos negócios mais lucrativos do mundo. Sempre foi. Com a "abertura de mercado" que começou com a Lei Bosman na europa e logo depois chegou ao País conhecida como Lei Pelé, outros atores foram incluídos no cenário. Empresários, jogadores com mais possibilidade de decisão e os investidores. Torcedores investem seu dinheiro em emoção traduzida nas cifras com as vendas de ingressos, planos de sócios e fidelização, camisas, produtos oficiais e por aí segue. Mas mesmo assim, recursos tecnológicos são sub-utilizados.
O uso de imagens de televisão, que compram os direitos de transmissão e investem verdadeiras fortunas nisso, poderia servir como base para decidir um lance importante. Esta situação parte do princípio de proteger a todas as esferas envolvidas. Pessoas físicas ou jurídicas que investem seu dinheiro como torcedores, redes de televisão, patrocinadores dos clubes, entre outros teriam a certeza de um retorno justo ao seu investimento.
Isso protegeria, inclusive, os próprios árbitros. Eles deixariam de ficar a mercê de seus próprios erros e que muitas vezes o colocam em dificuldades. Desde as críticas públicas de torcedores e comentaristas esportivos até ofensas e risco de suspensão, como de fato ocorreu ainda neste mês com Rogério Roman. Ele não marcou pelo menos duas penalidades claras em cima do Cruzeiro, na partida contra o Palmeiras. Por sua vez, com Carlos Eugênio Simon que ano passado prejudicou o Coritiba contra o mesmo Cruzeiro, nada ocorreu. Mesmo que ambos, obviamente, tenham feito isso involuntariamente.
Têm ainda os jogadores que trabalham durante toda a semana, bem como a comissão técnica, departamento médico e os administrativos, além das direções. Todos eles deixariam de ver simplesmente ruir o trabalho de toda uma semana. Pensar ainda que tudo isso poder ser evitado..
Acho que falamos não apenas de Analógico x Digital, mas também de Justiça x Injustiça.
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