Confabolando
O Brasil é o país das curvas. As curvas do Pão de Açucar, de toda a orla marítima, da beleza de nossas mulheres, das ondas do mar e do gingado do samba e do futebol. Na quarta-feira, de uma curva do tamanho da beleza do Brasil saiu o primeiro gol olimpíco no País após a confirmação das Olimpíadas no Rio de Janeiro. O gol de Marcelinho Paraíba no São Paulo.
Um gol de curvas, como as curvas sonoras da bossa nova. Bela e delicada, como nas obras de Oscar Niemeyer e também do gol de Marcelinho.
Curvas como as linhas traçadas por Augusto dos Anjos, poeta paraíbano como o escritor dos lindos gols, Marcelinho. O gol da curva longa e contínua, como são as do interior do Teatro Santa Rosa, em João Pessoa, na Paraíba.
Um gol de um clube centenário, como o Coxa. Assim como é desenhado o Monumental do Alto da Glória. De uma cidade com curvas fortes e marcantes como as do Jardim Botânico, da Ópera de Arame e do Parque Tanguá.
Um gol de quem não bate na bola, apenas lhe toca. Um gol de relacionamento, tal e qual o de Marcelinho e a estrela do futebol. Um gol de curva que começa logo e termina dentro do gol. Como a curva de Marcos Aurélio, que infelizmente, não se traduziu em gol.
Um gol adjetivo e superlativo.
Que venham os próximo cem anos com uma curva, igual a do gol de Marcelinho, mas de ascenção de nossa história, títulos e tradição.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)