Confabolando
Este post terá uma faceta diferente. Convidei o fiel Coxa-Branca Ronaldo Anzanello, que é cônsul do Verdão em Madri, para traçar um panorama para nós de como é torcer e divulgar nossas cores em um país tão distante como a Espanha.
Neste post ele nos relata, além do seu trabalho voluntário de divulgação das cores do nosso Cori, por exemplo, como uma contratação de um jogador de renome extrapola os benefícios dentro do campo, como foi o caso de Marcelinho Paraíba.
Confira o belo relato de Ronaldo, nosso cônsul na terra onde brilham craques brasileiros e inclusive Coxas, como Adriano. A torcida que nunca abandona, até na Espanha:
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Quando Gibran Mendes me mandou um e-mail perguntando se eu não queria escrever uma matéria sobre "Como será representar o Coxa fora do País?" pensei, “Uff, eu que venho da área de engenharia… que perigo, e que responsabilidade!”
Mas como bom Coxa-Branca, encarei o desafio e faço aqui um relato do que eu tenho visto nos últimos três anos em que resido em Madrid a respeito do nosso Alviverde do Alto de tantas Glórias.
1- Publico alvo - Espanhóis
Existem três tipos de pessoas em relação ao nosso “target”: os que gostam e entendem de futebol, os que gostam e entendem pouco e os que não são muito chegados…
Descartando obviamente os últimos, percebi que a maioria das pessoas que gostam de futebol, mas que não os típicos “loucos por futebol” não conhecem, salvo raras exceções, o nosso querido Coritiba. Porém, aqueles que são vidrados na redondinha, esses sim já conheciam o glorioso (assim como nossas tragédias mais recentes como o rebaixamento)…
2- Publico alvo – Brasileiros
Já em relação aos nossos queridos compatriotas, de todos os contatos que fiz aqui ou que já conhecia de antes, temos mais dois Coxas-Brancas, Renato Tosin e Rafael Doval (além de sua mulher e filhas que são alviverdes de coração). Fora isso a procura ainda é escassa e em eventos de “brasileiros para brasileiros” como por exemplo a pelada de todos os domingos só de brazucas descatacam-se os paulistas, cariocas e mineiros como grande maioria.
Como também entendo um pouco de marketing, devido a um mestrado que tenho na área, acredito que meu papel mais importante aqui é dar a conhecer nossa marca.
Como?
2.1 - Através de publicidade boca a boca e via e-mails.
Toda a minha lista de contatos recebem notícias do Verdão e sempre quando temos um jogo do Glorioso retransmitido via tevê a cabo eles me comentam que viram a partida.
2.2- Distribuindo material do Coritiba.
Acabo de voltar do Brasil e trouxe muitos chaveiros e adesivos do nosso Verdão (queria também umas flâmulas mas a Lotto não tinha) e nunca vou esquecer de quando dei um chaveiro para um rapaz chamado Miguel Moncada, que é das ilhas Canárias, ele me olhou e disse: "Que irado! Agora já tenho equipe no Brasil, sou do Coritiba”. Meu amigo Renato trocou uma camisa do Cori com um italiano da Juve (Alberto Calabesse). Ele também já declara seu amor alviverde.
Além disso, devido a questões de trabalho, viajo muito a Portugal, onde também sempre aproveito para publicitar nossa equipe.
Concluindo, acredito que a única maneira de conseguirmos uma massa mais significativa de torcedores é:
1- Ganhando títulos e consolidando-nos novamente no cenário nacional
Não adianta enganarmo-nos, seja no Brasil, seja na Europa quem manda é a TV. No ano que subimos de divisão, nenhum jogo do Coritiba foi televisionado aqui na Espanha (eles sempre escolhem um jogo de cada rodada do Brasileirao e passam ao vivo) já neste último ano, depois da boa campanha do ano passado, tivemos dois jogos transmitidos ao vivo e graças a Deus foram duas vitorias do Verdão, contra o São Paulo e contra o Flamengo (uma pena o estado do gramado, que por certo também foi muito comentado por aqui).
2- Criando ou trazendo Ídolos
Quando o K9 estava explodindo foi noticia todos os dias em Madrid, e por conseguinte o nosso Coritiba.
Quando contratamos o Marcelinho Paraiba do Flamengo, aqui também ficaram sabendo…
Aqui em Madrid a gente sempre acompanha, vê os jogos quando passa ou escuta pela internet a rádio (o jogo contra o Inter acordamos de madruga pra ver...)
Andamos pela cidade com a camisa do Cori seja nos “futebas”, na academia, etc... Mostramos vídeos da império agitando, os caras ficam louco e querem ir ver um jogo no Couto….
Que saudades do Couto!… Essa é sem dúvida a pior parte de estar longe…
É isso pessoal, qualquer dúvida ou sugestão estamos ao seu dispor trabalhando por um Coritiba forte no Brasil e no mundo!
Ronaldo Anzanello
Consulado Madrid
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