Confabolando
São dois pra lá, dois pra cá. Assim Aldir Blanc compôs um dos grandes sucessos da Música Popular Brasileira imortalizado por Elis Regina. Na tarde do último domingo, 14, ainda sobrou um para a canção. Cinco a zero para o Coritiba, fora o baile. Com direito a olé, o Coxa ganhou no 12 contra 12. Tinha um jogador a mais, a torcida que nunca abandona. O Flamengo igualou com a péssima arbitragem do árbitro Wilson Luiz Seneme. Domingo, 14 de junho de 2009, foi o dia que Imperador dançou no Alto da Glória ao som do olé Coxa-Branca e nada viu além da fumaça verde, resultado da linda festa da torcida que nunca abandona.
A tarde foi inspirada. Para quem tinha receio das ausências do Rei e do Princípe da Dinastia Paraíba, viu um show de Renatinho. Ainda não entendo o motivo dele não ter entrado contra o Internacional, na primeira partida. Deitou e rolou no meio-campo. Imperador e Ibson? Ninguém sabe, ninguém viu. O tão aclamado goleiro da Vênus Platinada, como disse Luís Roberto, teve que ouvir um coro de frangueiro cantado por mais de 20 mil fiéis apaixonados Coxas. Enquanto isso, a muralha brasileira/holandesa Van der Lei fechava a meta do Cori. O time jogava quase que musicalmente.
O que dizer de Bruno? Entrou e decidiu o jogo a favor do Cori. Fez dois gols apenas no segundo tempo. Coxa que joga pra Coxa. Leozinho, o novo número 11, pela primeira vez que tocou na bola com a centenária camisa Alviverde fez um gol. Leozinho, continue assim que serás abraçado pela nação Alviverde. Estréia melhor, impossível. Um toque, um gol.
A torcida, ou seria simpatizantes, do Flamengo saiu sem ver alguns gols do Coxa. Pagaram e não viram, azar o deles. Perderam um banho de bola. Deixaram de ver o dia em que o Imperador ajoelhou-se no Gigante de Concreto Armado, o Monumental do Alto da Glória, onde os reis, imperadores e monarcas só vestem duas cores. O verde e o branco.
Domingo, 14 de junho de 2009, o dia em que ao som de Aldir Blanc, na voz da Pimentinha, o Imperador dançou: São dois pra lá, três pra cá.
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