Confabolando
Quem não gosta de um prosador eloquente? Daqueles que encantam platéias, pequenos e grandes grupos? Todo mundo conhece um. Seja pela TV, por palestras ou até mesmo nas rodas de amigos. Mas mais importante que saber falar, é saber ouvir. Tão importante quanto ouvir, é respeitar o que se escuta. Talvez, este último, seja o mais raro adjetivos dos citados.
Li, no Facebook do meu amigo Betinho, orgulhoso cachoeirense e encabulado flamenguista, uma história em relata a sua ida para a Universidade de Cedar Falls, em Iowa, no EUA. Ele disse ter ficado fascinar ao ver duas palestras no auditório da instituição de ensino em dias seguintes, com pontos de vista completamente antagônicos. Em ambas, segundo Betinho, os contrários as suas convicções ouviram tudo e saíram calados. "Uma aula magna sobre liberdade de expressão e captei o real significado do termo Universidade", disse o capixaba.
Logo em seguida vi comentários sobre o nosso Coxa com uma caça aos "cornetas" após a vitória por 7x0 sobre o Rio Branco de Paranaguá. Muitos deles, ao invés de aproveitarem para curtir a melhor apresentação Alviverde do ano, colocavam suas energias para falar dos "cornetas sumidos". Ora, somos todos Coxas, não?
Sempre deixei claro que como mero torcedor estou muito feliz com a administração do presidente Vilson. Basta lembrar onde estávamos dois anos e alguns meses atrás. Ou ainda recordar como uma direção pegou um time na Série A, com suas dívidas controladas e o entregou na Série B com a saúde financeira dilacerada. Mas nada impede de que outros torcedores não tenham a mesma opinião do que a minha e nem por isso são mais ou menos Coxa do que eu.
Críticas sempre devem ser bem encaradas, mesmo aquelas que não gostamos ou que achamos que são mal colocadas. Quem não lembra da figura do grilo falante? O tagarela amigo do Pinóquio sempre o chamava atenção para o outro lado?Até mesmo torcedores que vão ao estádio e ficam pegando no pé de jogadores durante o jogo gritando "Ei, número quatro, você é muito ruim" pois sequer sabem o nome do zagueiro central. Neste caso, como diria minha falecida e Alviverde avó Fumia, "Dios mío, Dios mío, perdónalo porque no sabe lo que habla".
A contrariedade nos faz crescer e observar o que estamos fazendo errado e buscar melhorar o que já está bom. Assim funcionamos. O que precisamos mesmo aprender é a respeitar a opinião de terceiros.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)