Confabolando
Um dos poucos privilégios que a justiça divina, ou o acaso, como preferirem, me concedeu foi aprender a ouvir os mais velhos desde cedo. Se a história, e por conseqûencia, a vida são cíclicas, muito do que passamos muitas outras pessoas já passaram.
O genial Nelson Rodrigues, quando questionado sobre qual conselho daria aos jovens, disse sem titubear "Envelheçam, envelheçam..".
Mais do que uma frase marcada no imaginário popular brasileiro, a resposta do nosso querido dramaturgo marcou época. Mais ainda. Sentenciou uma lei.
Meu pai dizia: "A gratidão é a virtude que abre as portas para todas as outras". Pois bem, desta forma, não se pode ignorar a participação de René Simões no acesso do Coxa em 2007. Bom técnico ou não a discussão não é essa.
Demitido recentemente do Atlético Goianense, tendo muito em conta a derrota para o Cori na Copa do Brasil, ele é um dos ícones da história recente do Alto da Glória. Gostem ou não é isso que está escrito, sacramentado e nada mudará este cenário.
Contudo, muito me entristece, o tom de galhofa utilizado por alguns torcedores para manifestar sua satisfação com a demissão do mestre René do cargo no time goiano. Claro, que de forma reservada, pois não há coragem o suficiente para bater de frente com um mito construído ao longo dos últimos anos.
René é o técnico do ano? Certamente que não. Mas não podemos nos esquecer de sua bela partipação em um dos momentos mais importantes da história do glorioso. Não apenas o acesso a Série A em 2007, mas a sinergia criada entre torcida e time se deve em parte a ele.
Marcelo Oliveira vai bem, obrigado. Mesmo dono de grande desconfianças por parte da torcida no início, sequer se imagina uma troca no comando técnico. Fato óbvio e corroborado por mim. Nosso técnico segue seu caminho, firme e forte, para escrever seu nome na história do Coxa.
Contudo, há que se reconhecer a participação de René Simões em uma das mais importantes campanhas do Coritiba nos últimos.
Assim, de peito aberto, deixo a René minha solidariedade de Coxa-Branca. Se hoje, Marcelo Oliveira, reina absoluto, não podemos esquecer de forma alguma que auxiliou a fomentar, de uma forma ou outra, a história e o orgulho de ser Coxa.
Ao René, meus sinceros agradecimentos por tudo o que fez e pela sua eterna ligação ao Coritiba.
Aos que os criticam, a sinceridade não faz mal a ninguém. O campo das idéias é livre, desde que pautado pela seriedade e transparência.
O resto, meus amigos, é resto.
Gratidão II
Como já disse no meu texto anterior, o momento do Coritiba é incrível. Algo para entrar para a história e curtir cada jogo.
Dizer que o time joga por música, que o futebol apresentado além de eficiente é belo e dá prazer ir ao estádio é chover no molhado.
Do motorista que entrega o laudo do estádio para a vigilância sanitária, passando pelo técnico Marcelo Oliveira, comissão técnica, jogadores do clube, direção até o presidente todos estão de parabéns.
A esta equipe do Coritiba, que ainda pode evoluir muito, a minha gratidão por proporcionar momentos como estes.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)