Confabolando
Josué é copeiro. Coxa-Branca, de 32 anos, ganha a vida em um hotel na capital. Ajuda a organizar os eventos, cuida dos lanches e não deixa faltar nada. Aliás, está sempre na frente, pensando nas necessidades antes delas acontecerem. Embora não saiba nenhuma teoria de planejamento, na prática Josué aprendeu todos os processos de trabalho e organização do seu trabalho.
Só duas coisas o deixam desgostoso na vida. Quando o Coxa perde e quando desvalorizam seu trabalho. No primeiro caso, tem sido cada vez mais raro nos jogos em casa e mais comum nas partidas quando jogamos como visitantes. Josué é daqueles que vai sempre no estádio, tem no mínimo um detalhe verde na roupa e troca o batizado da filha para ver Coxa e Iraty na terceira rodada do Campeonato Paranaense.
Josué tem gostado muito do que vê nos últimos anos. Depois daquela tristeza toda, como refere-se ao dia seis de dezembro de 2009, não pensava ver a recuperação do Coxa de forma tão rápida. Tem lá suas dúvidas e preocupação com relação ao time, mas Josué acredita sempre. É um otimista por natureza.
Uma das coisas que o entusiasma é a forma como o time tem cada vez mais avançado em fases decisivas. Mas desta vez acredita que o time pode e vai ser campeão. Se a equipe não é tão boa como do ano passado, aposta na experiência da derrota e no brio dos jogadores e comissão técnica. Vão querer provar para todos que são capazes e que aprenderam com os erros.
Josué quer ver o seu time copeiro, assim como ele. Recentemente, pelo sucesso do seu trabalho, Josué foi chamado para realizar eventos fora do hotel, como freelancer. Longe dos seus domínios Josué redobra a atenção. Sabe que o sucesso fora é fundamental para seguir seu trabalho e chegar ao sonho, de quem sabe um dia, abrir uma empresa de eventos.
Josué já tem até o nome. Copa Brasil Eventos, vai ser só dele. E se Deus quiser, como diz Josué, do Coritiba também.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)