Confabolando
Um antigo ditado diz que para um homem ter uma vida plena ele precisa completar três tarefas em sua vida: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu ainda estou bem distante desta plenitude. Embora tenha plantando alguns bons pares de árvores, ainda me falta escrever um livro e ter filhos. Este último, por sinal, não faz parte dos meus planos a médio e longo prazo.
Desta forma, me falta escrever um livro. Tarefa nada fácil. Apesar de hoje em dia as facilidades para uma publicação sejam imensas, escrever algo de valor e com qualidade suficiente para preencher tantas páginas é um trabalho complicado, para poucos. Por enquanto, vou treinando.
Mas diariamente, a cada ação que fazemos, vamos preenchendo as páginas de um livro importante. Nossas vidas. São nossas ações que ditam o enredo, o começo, o meio e fim de nossas biografias. Algumas tão especiais que se tornam vários volumes, outras tão inexpressivas que são necessárias dezenas de figuras ilustrativas para completar uma publicação com um mínimo razoável de páginas.
Profissionais da bola são um bom exemplo desta prática. Os desafios de uma carreira curta, mas intensa, lhes permite ter diversas páginas e capítulos dedicados a alimentar a vida e as emoções de milhares de pessoas, os torcedores de seus clubes, a razão de ser do futebol. Pelo menos enquanto ele continuar sendo um esporte de massa e não apenas um espetáculo para ser admirado.
O enredo dos livros da bola, escrito dentro de fora das quatro linhas, é traçado de maneira individual por cada atleta, mas dependendo da coletividade para atingir seu resultado final. Aventura? Romance? Drama? Tudo depende de planejamento, esforço, suor e uma boa dose de sorte e talento.
Vejamos: quais seriam os títulos dos livros das vitoriosas campanhas de 1985 e 1973? Ou, talvez, de toda a década de 1970? E da famosa canetada em 1989? E do drama de dimensões shakespearianas de 2009?
Em 2011 jogadores, comissão técnica e diretoria do Coritiba terão a chance de escreve um belíssimo livro. Recheado de emoções que possa garantir o orgulho de seus leitores, digo, torcedores.
Embora neste ano tenha sido lançado um bom livro, o enredo, apesar de histórias de muita superação, pareceu meio repetido, semelhante a um livro lançado há três anos atrás e por isso não despertou a atenção de todos.
Assim, é no próximo ano que a história poderá ser contada de forma diferente. Uma epopéia que não necessariamente precisará terminar com o título brasileiro. Nenhum Coxa-Branca exigiria isso. Mas uma boa campanha poderá ser o primeiro de uma série de capítulos de sucesso. Tornar o Coxa novamente um best-seller. Este é o desafio dos nossos escribas da bola.
A história será escrita a partir do dia 3 de janeiro e aí os autores – também personagens neste caso, poderão escrever o livro que eu gostaria de ter escrito. Com emoção, amor, doação, alegria e é claro, uma pitada de drama, como sempre há na história do Coritiba.
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