Confabolando
Quanto mais eu rezo mais assombração me aparece. Ainda indignado com a apresentação do Coritiba no clássico de domingo leio a entrevista do futuro presidente, de fato e de direito, Vilson Ribeiro de Andrade ao jornal Gazeta do Povo.
O Manda-Chuva Coxa-Branca disse com todas as letras que estampam um dos destaques do periódico paranaense: "Parece que o Coritiba se entregou". Sério mesmo? Realmente essa foi a impressão que o nosso vice, e agora futuro presidente, teve? Pois foi a praticamente a mesma impressão que os mais de 2 mil torcedores que aceitaram correr risco de enfrentar filas, chuva, polícia, torcida adversária, entre outros revezes tiveram. Isso sem contar o restante da nação que acompanhou o jogo pela televisão e emissoras de rádio.
A grande diferença, neste caso, é que nós torcedores comuns nada podemos fazer a não ser reclamar. Mas nosso dirigente, baseado em uma administração profissional e de vanguarda, pode usar sua caneta cheia. E o que ele fará com base nesta avaliação? Quais medidas corretivas serão tomadas para que em 2012 o time não pipoque? Para que o Coritiba não se entregue?
Aliás, o (vice) presidente também disse na mesma entrevista que o time teve uma excelente semana, cheia de reuniões e com um grupo todo motivado. Então fica outra dúvida: Qual foi o momento em que o Coritiba se entregou? Teria sido no primeiro gol do Cruzeiro? No segundo? No terceiro? No quarto? No quinto? Ou ainda no sexto? Ah, não mesmo. O Coritiba não dependia de nenhum resultado, apenas de si mesmo. Então por qual motivo o time se entregou?
A avaliação deverá ser criteriosa e profissional para que estes problemas não voltem a ocorrer. Afinal de contas, como sócios, temos o direito de cobrar o que nos foi prometido. Uma vaga na libertadores escapou pelo meio dos dedos de todos nós, jogando com um time rebaixado e infinitamente mais desqualificado. Situação ainda pior se avaliarmos que o Coritiba perdeu cinco pontos dos seis disputados para o Atlético.
Isso passa pela definição do elenco, de quem será renovado, da manutenção de ícones e ídolos do time como Leandro Donizete, revelação das categorias de bases que devem subir à equipe principal, assim como a contratação de reforços que cheguem para resolver os problemas que durante todo este ano enfrentamos. Um bom exemplo disso foi a ausência de atacantes.
Agora, com o final do campeonato e após os cabeças do Coritiba já terem lamentado a queda do rival pelo bem do futebol paranaense é chegada a hora de pensar no Coxa e só no Coxa. Quem fica? Quem vai? O que será feito para que o Coritiba não se entregue mais?
Todas estas perguntas devem e podem ser respondida pelos profissionais do clube. A torcida tem o direito de saber, ainda mais em uma administração transparente e voltada ao seu associado. Ou estou errado?
Com a palavra Vilson Ribeiro de Andrade e Felipe Ximenes.
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